sábado, 20 de abril de 2013

Vida Longa e Próspera

Salve Salve nerds!

No esporte, poucos e raros profissionais, tanto técnicos quanto os próprios atletas, nos esportes coletivos, ficam muito tempo em um determinado clube. Pois hoje, citaremos casos que vão na contra-mão da rotatividade atual, e que além de manterem seus profissionais, conquistam bons resultados com isso.
Começamos com dois mitos de seus clubes, um já aposentado, e outro em fim de carreira. Dois grandes goleiros, que praticamente dariam suas vidas pelo time que defendem no futebol. Falamos de São Marcos e Rogério Ceni, que começaram suas carreiras no Palmeiras e no São Paulo, e de lá não saíram.
Marcos começou como titular do Palmeiras, e logo conquistou a titularidade. Um profissional exemplar, o arqueiro sempre chamou a responsabilidade nos momentos de dificuldades do time, e não deixou se abalar pelas inúmeras lesões sofridas. O goleiro foi campeão da Libertadores pelo Palmeiras, após ser herói na disputa de pênaltis contra o Corinthians, e com a seleção brasileira ganhou a Copa do Mundo, sendo o goleiro menos vazado, com 4 gols tomados apenas. Marcos, após 2002, recusou uma proposta milionária para jogar na Europa, mesmo com o Palmeiras tendo sido rebaixado para a série B do campeonato brasileiro.
Rogério Ceni também tem um vasto currículo, com 3 Libertadores, uma como titular, e uma Copa do Mundo, como reserva. Além de bom goleiro, Rogério se especializou nas cobranças de faltas e pênaltis, e é o maior goleiro artilheiro da história do futebol. Rogério já soma mais de 20 anos defendendo as cores do tricolor paulista, e nunca deixou de chamar a responsabilidade como capitão do time, além de ser uma peça chave na equipe, por conhecer mais do que muitos o time do São Paulo, com toda a sua bagagem no clube.
No voleibol, também temos dois monumentos nas seleções brasileiras masculina e feminina. São eles, Bernardinho e José Roberto Guimarães, que reergueram o nosso vôlei, e o levaram para o topo e a um nível de jogo muito competitivo. Bernardinho, inclusive, é treinador do Rio de Janeiro feminino, que é o maior vencedor da superliga de vôlei. 
Bernardo Resende, como é pouco chamado, dirige a seleção masculina desde 2001, e ganhou mais de 20 títulos com os homens, incluso 8 ligas mundiais de vôlei, e 1 título olímpico. No feminino, foi técnico antes do masculino, mas mesmo assim ganhou vários títulos, e assim se torna o maior vencedor da história do voleibol. Muito se especulou sobre a saída dele da direção da seleção, mas o seu histórico e a vontade de vencer provam que ele tem muito a oferecer ao esporte.
Zé Roberto, como é conhecido, tem um estilo bem mais calmo do que o amigo acima citado, mas não deixa de ser um multicampeão. Ele conseguiu algo raro, foi campeão sendo técnico do masculino, e do feminino duas vezes, nas olimpíadas.
No masculino sua passagem foi mais curta, ficou 4 anos, já no feminino está no cargo desde 2003, e reestruturou um time desacreditado, que não jogava tão bem nos momentos de decisão. Chegou a perder títulos quase ganhos, quando seu time tinha ampla vantagem no placar, mas não desanimou, e encontrou forças para trabalhar e ser duas vezes campeão olímpico, com as mesmas mulheres antes chamadas de "amarelonas".

Aqui é trabalho! rs


Voltamos para o futebol, onde temos dois treinadores com longevidade nos seus cargos. Provavelmente, quando você nasceu, ele já era técnico do Manchester United, e até hoje masca seu chiclete efusivamente e esbanjando simpatia. Falamos de Sir Alex Ferguson, que está desde 1986 no cargo de técnico do Manchester, e no auge de seus 71 anos parece bem animado para mais temporadas a frente do clube.
Ferguson começou como treinador de clubes escoceses, do seu país, e chegou a treinar a seleção local antes de ir para o atual clube. 
No United tem marcas expressivas, e que não imagino serem superadas por algum técnico na Premier League e no futebol inglês no geral, em um bom tempo. O currículo do treinador é vasto, são 12 títulos nacionais, duas Ligas dos Campeões e dois Mundiais de Clubes, além de dos 12 nacionais ter levado 8 seguidos. Nacionalmente, venceu 7 supercopas da Inglaterra, e 4 copas da liga inglesa. Pelo Aberdeen, clube que comandou na Escócia, venceu 3 Campeonatos Escoceses.
Amostras das taças conquistadas por Sir Alex Ferguson

Também na terra da rainha, outro treinador faz história, ou pelo menos vai se mantendo no cargo desde 1996. É Arsene Wenger, que treina o Arsenal, e no alto de seus 63 anos tenta dar um jeito na atual fase de sua equipe, que não anda muito bem das pernas. 
Wenger não conquistou tantos títulos, mas imprimiu no Arsenal um estilo de jogo mais ofensivo e o chamado jogo bonito, mas que sem jogadores de peso e de qualidade fica difícil de ser praticado. Chegou a ter grandes equipes, com Henry, Lehmann, Van Persie, e outros, e assim ganhou 3 títulos ingleses, 4 copas da Inglaterra e 4 supercopas da Inglaterra. Na França, levou um título francês e uma copa da França, dirigindo o Mônaco.

Bons tempos...


No futebol europeu, em si, temos clubes que conseguem manter seus elencos, e assim formam equipes sempre competitivas nas competições as quais disputam. Entretanto, há um exemplo ainda mais impressionante e que vai além do contratar bons jogadores, que é formá-los desde as categorias de base. Quem melhor faz isso atualmente, é o Barcelona, que tem vários de seus titulares, como Xavi, Iniesta e o próprio Messi, como atletas desde muito jovens. Essa quase arte de formar grandes jogadores virou alvo de estudo, até pela repercussão do estilo de jogo do Barcelona, baseado em toques e no jogo paciente, que são filosofias de trabalho implementadas desde a base.
É complicado acreditar que um adolescente vai virar um grande jogador um dia, mas os catalães mostram que isso é plausível e hoje provam com resultados essa ideia. 


Messi, Xavi e Puyol quando chegaram ao Barcelona


Até mais!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...