segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Futebol Brasileiro em 2014



Salve Salve Nerds!



Ano passado, AQUI, chamamos um pessoal batuta para falar de como foi o ano de seus times do coração. Resolvemos repetir a dose e trazer novamente nosso comentaristas. Infelizmente o final de ano não é corrido apenas para nós, mas também para alguns de nossos comentaristas, que não puderam estar presentes falando de seus times do coração. Sem mais delongas, confira abaixo no replay:

Cruzeiro:



A equipe celeste fez mais um grande ano. Foi campeã nacional em 2013 e repetiu a dose em 2014. Na Libertadores não teve a mesma sorte, sendo eliminados nas quartas de final pelo San Lorenzo. Para fechar o ano, fez a decisão da Copa do Brasil contra o grande rival Atlético Mineiro, perdendo também. A esperança dos torcedores é de que o elenco vencedor de 2 temporadas seguidas se mantenha para o ano que vem e faça mais nos mata-matas.


São Paulo:



Um time titular ótimo para os padrões brasileiros, mas com um elenco frágil. Aidar vai ter que gastar o que não tem, principalmente para o meio-campo. O São Paulo perde em 2014 seu principal astro, que parte para a vida mais tranquila no Orlando City. Muricy vai ter trabalho no próximo ano. Sem Kaká, sem dinheiro, mas com Rogério Ceni, pelo menos até agosto. É o que tem pra 2015.
João Vitor

Internacional:



Os colorados, acostumados com a Libertadores, este ano acabaram assistindo pela televisão a competição continental. Na Copa do Brasil, o time era um dos favoritos mas tropeçou em casa diante do Ceará e depois fora perdeu também, sendo eliminado precocemente. Restou o brasileirão, o qual o time não chegou muito perto de brigar pela taça mas também não foi mal, terminando em terceiro. A equipe colorada não é ruim, porém necessita de reforços se quiser chegar longe na Libertadores.

Corinthians:



A vaga na pré-libertadores foi o prêmio de consolação para o torcedor corintiano na temporada de 2014. O clube mais valioso das Américas segundo a revista Forbes, avaliado em 1,5 bilhão de reais, não conquistou um título durante o ano.
Eliminado na primeira fase do campeonato paulista, a equipe do Parque São Jorge não apresentou um futebol vistoso no Brasileirão. Guerrero levou o time nas costas. O elenco carregou a marca defensiva de seu treinador e ficou devendo na criação durante boa parte do campeonato, melhorando apenas no final com o reencontro de Renato Augusto com uma sequência de jogos sem lesão. Perdeu pontos essenciais contra times da parte de baixo da tabela que poderiam colocar o timão no páreo pelo título.
A Copa do Brasil era a esperança, pois o alvinegro impunha seu ritmo no Mata – Mata. Mas o vexame frente ao Atlético Mineiro no Mineirão tirou qualquer chance de levantar a taça.
Para o ano que vem, deve haver contratações, pois o caminho apresentado para o Corinthians na maior competição das Américas é dificílimo, com a trágica pré – libertadores e, se passar, cairá no grupo de São Paulo e San Lorenzo. Mas o timão tornou-se um grande clube continental nos últimos anos, e deve se impor como tal em 2015 para ser, realmente, o campeão dos campeões.
Narrador Eduardo Nobre

Atlético Mineiro:



2014 já está no final e veio só pra reafirmar o que todo atleticano sabia desde sempre: o Galo é gigante. Aquele time há muito tempo abandonado pela sorte e por Deus deu a volta por cima e recebeu tudo que era devido com juros e correção. Desconfiança se tornou esperança, sofrimento virou encatamento e se antes só ser atleticano já bastava, tão diferente do outro lado da lagoa, o amor ao alvi negro nunca esteve respaldado por títulos. Pelo contrário, sempre calçamos as sandálias da humildade e para nós basta ver o cabloco em campo vestindo o manto sagrado para deixar enlouquecido o atleticano na arquibancada, seja futebol, handebol, futsal, bolinha de gude ou que for.
Movido a “eu acredito”, mesmo combustível que nos embalou pelas tortuosas estradas rumo ao topo de continente, este ano fomos mais simples e quebrar o salto da freguesia e exorcizar os fantasmas do passado já foi motivo pra lotar a praça sete até o ano que vem festejando. Falastrões e arrogantes foram calados e a lua de mel com o time continua. Finalmente recuperamos o lugar que nos é devido: temidos no nosso terreiro, respeitados aonde quer que formos, resgatamos nossa história, honramos nosso hino: fomos vingadores!
Porém essa temporada também reserva um final melancólico. Nosso presidente torcedor a quem não nos decidíamos se queríamos enforcar ou erguer monumentos em sua homenagem se despede do nosso querido clube. Kalil me desculpa e obrigado! Não vi o galo guerreiro dos tempos do seu saudoso pai, mas vi aquele que não sei se foi o melhor de todos os tempos só que com certeza o mais épico! Com os olhos suados pouco há para dizer. Para sempre serão lembrados os heróis dessas sagas. Galo SEMPRE! 
Tiago Campos


Fluminense:



Após um começo de ano turbulento e com ameaças de jogar a série B, o tricolor carioca não conseguiu sucesso no estadual e nem na Copa do Brasil, onde caiu dramaticamente e no Maracanã para o América de Natal por 5 a 2 após ter feito 3 a 0 fora. O que restava era a vaga na Libertadores pelo Campeonato Brasileiro, porém o time não teve regularidade e perdeu o quarto lugar para o Corinthians. Agora, resta a dúvida quanto ao futuro da equipe, que perdeu a parceria com a Unimed e assim pode perder jogadores importantes como Fred, Rafael Sóbis e Conca.

Grêmio:



O tricolor gaúcho ficou mais uma temporada sem títulos importantes. A equipe gaúcha foi eliminada na Libertadores também pelo San Lorenzo, que eliminou o time nos pênaltis nas oitavas de final. Na Copa do Brasil, o Grêmio foi eliminado logo quando entrou, na terceira fase, devido ao caso de racismo ocorrido com o goleiro Aranha, do Santos. Por fim, no brasileirão o time também não conseguiu se manter entre os 4 e na reta final perdeu a vaga para o rival e o Corinthians.

Atlético Paranaense:



O furacão começou a temporada animado, já que voltava para a Libertadores após vários anos. Na pré-Libertadores a equipe sofreu e apenas nos acréscimos conseguiu se classificar com um gol salvador. A esperança era grande e até Adriano, o Imperador, foi contratado, porém jogou pouquíssimo e não ajudou a levar a equipe para além da fase de grupos. No restante do ano, o time foi bem mediano e seu maior sucesso foi revelar vários atletas da base, que é realmente muito forte.


Santos:



O ano do Santos não foi nada bom, principalmente pelo segundo semestre - momento do ano em que faltou um bom elenco para disputar coisas melhores no Campeonato Brasileiro. A direção acabou com a parte financeira e não é difícil prever um 2015 bem complicado. Perder o título do Campeonato Paulista não foi problema, mas o que veio depois disso acabou sendo. Esse ano que está acabando mostrou que não adianta trocar os pés pelas mãos na hora de montar o time. Gastar apenas o que o clube pode oferecer é o básico, mas teve gente no Santos que preferiu uma parceria nebulosa com um investidor. O resultado está aí.
Fagner Morais

Flamengo:



O ano começou como de costume, com o título do estadual. Partimos para uma Libertadores que já sabíamos como terminaria: pela quarta vez, eliminados na fase de grupos. Na Copa do Brasil, deixamos o título escapar por entre os dedos (também como de costume). Agora, no Brasileiro, depois de terminar o 1º turno na lanterna, o advento Pofexô nos permitiu respirar mais tranqüilos no 2º turno, afastando o fantasma do rebaixamento! No fim das contas, foi um ano típico rubro-negro de tristezas e alegrias, mas principalmente de esperanças, porque em 2015 não vai ter pra ninguém! É Mengão Campeão Mundial!
Fernando Russell - Tucano

Sport:



O ano do Leão da Ilha do Retiro foi de festa. O time pernambucano voltou para a primeira divisão e conseguiu se manter sem maiores sufocos. Na Copa do Brasil caiu rápido, na segunda fase e para o Paysandu. Mas, o importante é jogar a primeira divisão e com a moral de ser a única equipe nordestina na competição.


Goiás:



O esmeraldino teve um ano sem muitas comemorações. A equipe não disputou a Libertadores e na Copa do Brasil caiu na primeira fase ao perder por 2 a 0 para o Botafogo da Paraíba. No Campeonato Brasileiro o time fez boas atuações e revelou alguns talentos para o futuro, como o atacante Erik. Sem muitos investimentos e sem muita torcida presente nos seus jogos, o Goiás vai sobrevivendo na primeira divisão. 

Figueirense:



Era outra grande aposta para cair de divisão, mas conseguiu se salvar e vencer equipes de cima da tabela de maneira surpreendente, como o Corinthians na abertura de sua nova arena. Sendo surpresa no brasileirão, foi surpreendido na Copa do Brasil contra o Bragantino, que além de eliminar os catarinenses deixou de fora depois o São Paulo. Portanto, assim como o Sport, o time saiu no lucro, mas precisará se reforçar ano que vem para lutar por algo mais do que o meio da tabela.



Coritiba:



O coxa não teve um grande ano também, tanto que nem na decisão do estadual esteve presente. Na Copa do Brasil, o time chegou até as oitavas de final, havia feito 3 a 0 no Flamengo em casa, mas levou o mesmo placar no Maracanã, para depois ser eliminado nos pênaltis. No Campeonato Brasileiro o time foi um dos piores atuando fora de casa e um dos melhores em seus domínios. Essa disparidade significou várias rodadas na zona de rebaixamento, mas no final o time se salvou. A grande perda do ano foi Alex, que se aposentou e agora deixa o time sem um ídolo maior em campo.

Chapecoense:



Muitos, inclusive eu, não acreditavam na Chapecoense este ano. Na Copa do Brasil deu adeus logo na segunda fase e sem o investimento e elenco de outras equipes da primeira divisão não era difícil imaginar o rebaixamento do time catarinense. No entanto, o time se mostrou bem ajeitado e mesmo com vários treinadores passando ao longo do ano a equipe seguiu com um bom ritmo. Prova disso são as grandes vitórias do time, como a goleada sobre o Internacional por 5 a 0. Quando menso esperávamos, o futebol catarinense cresceu e agora terá 4 representantes na primeira divisão, mesmo com a queda do Criciúma.

Palmeiras:



Ser Palmeirense nesse ano foi um pouco sofrido, eu confesso. Desde que fui pela primeira vez ao Palestra, 10 anos atrás, ouvia meu pai falar que no centenário aquele lugar seria palco de uma apoteose Palestrina,  e eu realmente esperava por isso! Ano a ano fazia contagem pelo ano do centenário, e, finalmente, o ano chegou! Nosso elenco não era o melhor dos tempos, nossa diretoria era de dar vergonha, percebemos isso com o passar do campeonato, choramos com a hipótese de um rebaixamento, mas não abaixamos a voz em momento nenhum! Nossa vida Palestrina foi marcada por um Santo, o São Marcos, então por que não nos livrarmos da série B com a ajuda de todos os 'Santos'? Assumo que isso foi vergonhoso, mas nunca deixarei de torcer pelo MEU Palmeiras, e esse sentimento?  Não sei se vocês entenderão, afinal explicar o sentimento de ser Palmeirense a alguém que não é Palmeirense é algo impossível! Que 2015 seja um ano diferente, e que a nossa torcida faça a diferença mais uma vez! Avanti Palestra!


Vitória:



O time baiano não honrou o nome que tem e fez um péssimo ano. Na Copa do Brasil foi eliminado na primeira fase contra o J Malucelli, do Paraná, nos pênaltis. Na Sul-americana, após empatar fora de casa contra o Atlético Nacional, perdeu em casa por 1 a 0. No Campeonato Brasileiro o time começou bem e depois foi decaindo até amargar a zona de rebaixamento. Mesmo em casa, no Barradão, o time não conseguia ter boas atuações. Raramente víamos um time competitivo e com vontades maiores em campo. Portanto, o rebaixamento não foi uma surpresa diante do desempenho da equipe.

Bahia:



Assim como o rival, tem apenas a se lamentar com 2014. Na Copa do Brasil chegou até a terceira fase, caindo diante do Corinthians. Teve esperanças com a Sul-americana, chegando até a segunda fase, mas foi eliminado nos pênaltis para o Universidad César Vallejo. Sobrou o Brasileirão, que não teve um time competitivo, além de um elenco limitado. Nem os primos do Messi evitaram o rebaixamento da equipe, que chegou na última rodada ainda com esperanças, mas levou uma virada do Coritiba e viu o Palmeiras empatar e se salvar. O tricolor é rebaixado novamente, lembrando que da última vez que havia caído o time entrou em profunda crise e caiu para a última divisão nacional.

Botafogo:



O time carioca é um caso a ser estudado. No começo do ano a esperança era grande, já que após muito tempo o fogão voltava para a Libertadores. O time passou pela pré-Libertadores mas não pela fase de grupos, ficando em último no grupo do campeão San Lorenzo. Entrando na Copa do Brasil apenas nas oitavas de final, os cariocas eliminaram o Ceará no sufoco e depois encararam o Santos. O peixe venceu o primeiro jogo por 3 a 2 e o segundo em casa por incrível 5 a 0. No Brasileirão a campanha era irregular, mas não forte o suficiente para cair. A situação piorou quando os salários do time foram se acumulando em atrasos e o presidente ainda demitiu jogadores como Emerson, Bolívar e Edílson. Sem essas peças e sem inspiração, o time definhou e foi rebaixado antes da última rodada. O único destaque do time foi o goleiro Jefferson, que mesmo fazendo milagres não evitou a queda do alvinegro.

Criciúma:



O todo poderoso time catarinense também se esforçou para cair este ano. No começo dele, o tigre foi eliminado já na primeira fase da Copa do Brasil pelo Londrina. O Brasileirão até rendeu esperanças, até porque Paulo Baier tinha grandes atuações e o time mostrava força em seu estádio. Mas, na metade final do segundo turno o time emplacou uma sequência de derrotas que colocou a equipe na zona de rebaixamento e dali não saiu. Doze jogadores foram demitidos pouco antes do rebaixamento, inclusive Paulo Baier, mostrando a má administração do clube e que não deverá ser fácil voltar ano que vem para a primeira divisão.

Estes foram os comentários sobre o ano dos 20 times da primeira divisão. Lamentamos mesmo não poder trazer mais comentários, mas realmente algumas pessoas procuradas tinham compromissos importantes e assim não puderam colaborar aqui. Agradecemos aos nossos comentaristas que puderam aceitar o convite e que esta parceria e amizade permaneça.


Até mais!

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