quinta-feira, 11 de junho de 2015

Del Nero, Dunga, planejamento, Seleção Brasileira. Título tão bagunçado quando o nosso futebol



Por João Vitor Rezende

Papa Del Nero abençoando suas federações (Foto: Antônio Lacerda/EFE)

Amigos, já tiveram semanas repletas de assunto, mas essa, olha... Fiz um filtro pra falar (e cornetar) sobre alguns temas. E ainda assim, tem cinco temas com certa relevância pra contar pra vocês. Já aviso que tem remember de texto antigo. E lá vamos nós!

Tá todo mundo louco. Oba?
Sério, tá tudo MUITO errado no futebol brasileiro. Poderia ficar horas falando disso, mas dessa vez vamos a três pontos que me chamaram a atenção. De passagem em Brasília, Del Nero soltou mais uma pérola na última terça. Pérola, pois não é possível levar a sério. O horário da exibição dos jogos na TV aberta tem sido questionado, principalmente o de quarta-feira. O presidente afirmou que os jogos podem começar 20 minutos mais cedo já em 2016, passando das 22h00 para 21h40. Sério mesmo, Del Nero? E quer vangloriar uma decisão dessa? Então me diz uma coisa, como a Globo irá exibir os jogos do Brasil na Copa América as 21h00? Não dá pra fazer isso com o Brasileirão? Se o horário é um dos motivos que afasta o torcedor dos gramados, não serão 20 minutos que farão a diferença.

Do outro lado, quem deveria cobrar, criticar e ter o mínimo entendimento do futebol atual, diz que o Marcelinho Carioca foi mais regular que o Messi. Pra quem não viu, dê uma olhada. A sorte que Paulo Vinícius Coelho e Mauro Beting estavam no estúdio pra não deixar um absurdo desse passar em branco. Parece que o Mário Sérgio não vê o Barcelona. Marcelinho Carioca fez em torno de 60 jogos e nem chegou a fazer 20 gols, nas quatro temporadas que teve fora do país. Foi um bom jogador, exímio cobrador de faltas. Mas Messi, é Messi. Marcelinho não foi nem o maior brasileiro. Fica difícil competir com um ser de outro mundo.

Abre aspas para Dunga: "Eu acho que muitas coisas melhoraram, mas têm que começar do princípio. Os clubes começaram com os centros de treinamento, o que é um ponto positivo. Os estádios, que nós tanto reclamávamos para ter uma qualidade para jogar um bom futebol. Os clubes se reorganizando". Resposta para Edu César, do Papo de Bola. Dunga disse há um tempo, que os principais times ingleses jogam no 4-4-2. Professor, além de não assistir a Premier League, você também não se informa sobre os times brasileiros. Os clubes não se movem pra fazer uma liga e seguem jogando seus planejamentos no lixo. Os estádios em sua maioria só deixaram dívidas, vide Corinthians e Grêmio, e transtornos, vide Arena Pantanal. Quem começou centro de treinamento? Eu, não vi. Parece que os dirigentes estão em uma realidade paralela. Sinceramente, não dá pra levar a sério o futebol brasileiro.

Sentindo no bolso
Não é organização. É sentir o efeito da irresponsabilidade financeira na pele. O que implica em corte de gastos. Segundo o Yahoo!, o teto salarial do Corinthians foi fixado em 250 mil reais. Mais de um semestre dos direitos de imagem, item que deve ser revisto pelos clubes, estão atrasados no Corinthians. Inclusive, parece que está sendo revisto no Grêmio, que também está em contenção de gastos, pelo mesmo motivo: novo estádio. No rival tricolor, a possível venda de Rodrigo Caio, que poderá render mais de 40 milhões de reais aos cofres do São Paulo, deve ser utilizado para equilibrar as contas. Aidar deve dois meses de direitos de imagens aos seus atletas.

Brasil, vice campeão da Copa América
Sim, foi meu palpite pra campanha brasileira na competição continental. O Chile tem Sanchez, a torcida e Sampaoli. Colômbia tem James Rodriguez, Bacca e Pekerman. A Argentina tem Messi, Aguero, Tevez, a melhor zaga dos últimos tempos (não significa que seja a melhor do torneio) e Tata Martino. O Brasil tem Neymar, Coutinho, Willian e eficiência. Este que vos tecla, crê que a Argentina é favorita por ter Lionel, entrosamento e um time fortíssimo. Apenas o goleiro ainda é inferior ao restante do time. Pra não dizer que sou um crítico extremo da seleção brasileira, o contra-ataque e a capacidade de utilizar os espaços vagos em campo tem me agradado. Mas o pragmatismo de boa parte do jogo, me deixa com um pé atrás. Entretanto, ainda vou dar tempo para Dunga. O primeiro campeonato oficial pode mudar muita coisa.

Não deu pra planejar o subtítulo
Não queria falar disso de novo, mas as circunstâncias me forçaram a isso. Pra quem não viu, tá aí. 23 reforços e cinco meses de trabalho. Pouco tempo pra quem teve a missão de montar um time do zero. Mas e daí? Não ganhou, tá fora. Essa é a lógica do nosso país. Não tenho nenhum problema sério de visão e a minha TV não tem defeito. Portanto, tenho certeza que o Alexandre "Mittos", não contratou nenhum craque. Nenhum jogador acima da média. Principalmente para a zaga. O elenco é bom, mas poucas peças se sobressaem. Aposto que se Marcelo Oliveira não estivesse disponível no mercado, a paciência com Oswaldo de Oliveira seria maior. Doriva tá "fazendo a curva", como dizem no interior. Marcelo Fernandes quase "foi pro saco", não fosse o empate com o Galo. No mesmo jogo, Levir Culpi, vencedor da Copa do Brasil em 2014, foi vaiado. Será o próximo a cair? Cuidado, Culpi. Caiu no Horto, tá...

O futuro do futebol mundial
Por fim, uma boa matéria do The Guardian sobre o futuro do futebol mundial. Argentina, Brasil, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha e Gana tiveram seus times sub-23 projetados por comentaristas. Vale a pena ficar de olho, principalmente na França, Espanha e Alemanha. Faltou avaliar a futura "nova geração belga". Muitos desses novos craques podem aparecer por aqui no próximo ano, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Clique aqui, para ler o texto.

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