Salve Salve Nerds!
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| Foto: Fabio Castro/Agif/Gazeta Press |
Hoje eu venho aqui para falar sobre os problemas da arbitragem brasileira, que nesta última rodada do brasileirão reascenderam e trouxeram a discussão sobre os rumos que isso pode levar. Ao longo do campeonato e dos últimos anos vemos vários erros cruciais de árbitros brasileiros, que chegaram a decidir importantes partidas e campeonatos. Ontem, tivemos oito partidas pelo brasileirão, sendo que metade delas tiveram lances importantes discutíveis.
Em Corinthians e Fluminense, tivemos um gol de Cícero muito mal anulado por impedimento, com o jogador bem atrás da linha de impedimento na hora que o desvio do companheiro de cabeça é feito para ele. O juiz anulou o gol.
No Serra Dourada, no jogo entre Goiás e Palmeiras, lance parecido com o do jogo acima. Robinho cobrou falta, a bola desviou e ficou com Lucas Barrios, que mandou pro gol. O juiz marcou impedimento, mas a imagem mostra ele na mesma linha da defesa goiana.
No duelo entre Atlético Mineiro e Paranaense, mais lances polêmicos. Em um deles, Thiago Ribeiro receberia a bola sozinho e de cara para o gol, mas o árbitro marcou impedimento do jogador, que estava claramente em condição legal. O outro lance foi um pênalti sofrido por Ewandro e cometido pelo goleiro Victor. Vendo o lance, é bem discutível se foi penalidade, parece mais que Ewandro se jogou do que Victor cometeu a falta.
Na partida entre Ponte Preta e Cruzeiro, houveram dois pênaltis, um para cada lado e um gol mal anulado. O pênalti para o Cruzeiro, o jogador foi derrubado quase em cima da linha da área, mas o juiz, que não estava tão longe, viu falta fora da área. A penalidade a favor da Ponte Preta foi mais fácil de se ver, com Borges sendo puxado na área por Manoel, sendo que apenas os dois estavam no lance, sem obstrução da visão do árbitro. E o mesmo Borges, depois, marcou um gol que foi anulado, impedimento marcado pelo bandeirinha, quando ele estava atrás do zagueiro cruzeirense.
Você pode conferir todos esses lances AQUI no Trivela.
Como os lances apresentados, vemos que falta preparo dos árbitros e bandeirinhas. Essa cobrança deveria partir dos clubes, que são os prejudicados e que compõe o espetáculo e deveriam, teoricamente, querer que ele fosse o mais dentro das regras possível. Porém, as equipes reclamam apenas quando elas são prejudicadas, se foi o rival ou outro time não há problemas, eles que se resolvam. Falta união dos times para melhorar o futebol brasileiro, não apenas na arbitragem. Todos reclamam apenas quando convém e o assunto não ganha uma solução.
Outro problema que vejo é o do sentimento de clubismo dominar não apenas os torcedores. Nas redes sociais, vemos a disseminação da ideia de uma máfia da arbitragem e de beneficiamento do clube A, porque ele é sempre o que se dá bem e nunca é prejudicado pelos árbitros. Acho que estou exigindo muito dos torcedores, que são apaixonados e podem expressar suas paixões como quiserem, desde que não prejudiquem os outros, mas esse sentimento vem contaminando também a imprensa. Vários veículos vem alimentando essa polêmica, dando voz apenas aos torcedores e a esse sentimento de campeonato vendido. Eu não sei se há um esquema de manipulação de resultados, mas se descobrirem ele não ficará escondido porque o jornalista que apurou os fatos torce para o time beneficiado no esquema.
No entanto, parece que esse sentimento das páginas de futebol no Facebook e Twitter vem tomando os veículos midiáticos. O texto do Alisson Guimarães, no Espn FC, resume bem isso e toda a situação da arbitragem. Ele, inclusive, cita jornalistas que fizeram o clubismo subir a cabeça e chegaram a xingar árbitros na internet pelas más atuações no jogo de seus times. Se todo site e jornalista começar a usar o clubismo como justificativa para tudo, nunca o problema da arbitragem será discutido. Acabamos esquecendo que os árbitros no Brasil não são profissionalizados e que falta um trabalho mais sério da Comissão de Arbitragem da CBF para que erros como os vistos ontem deixem de ocorrer com tanta frequência.
Portanto, novamente, falta união dos times em cobrar a CBF quanto à melhoras. Senão, continuaremos assistindo a erros grotescos dos juízes e ficaremos reclamando num círculo vicioso.
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