domingo, 28 de agosto de 2016

F1 2016 - GP de Spa-Francorchamps



Salve Salve Nerds!



Fórmula 1 de volta das férias de verão e no tradicionalíssimo circuito de Spa-Francorchamps, um dos templos da F1. 

Na classificação, dois pilotos foram punidos com tantas posições que dariam alguns grids de largada de distância do líder. Lewis Hamilton trocou várias unidades de potência do carro e largou em penúltimo, enquanto Fernando Alonso teve problemas no carro no início da classificação e precisou reparar o carro também. 

Hamilton, poupando o carro, fez apenas uma volta e já saiu da pista. Os outros quatro eliminados no Q1 foram: Felipe Nasr, Esteban Ocon, o substituto de Rio Haryanto na Manor, Daniil Kvyat decaindo na STR, e Marcus Ericsson, as duas Sauber eliminadas já no Q1. 

No Q2, Nico Rosberg, sozinho na frente, dominou. Foi seguido por Max Verstappen, o piloto meio da casa (a mãe dele é belga), Nico Hulkenberg, Sergio Perez e Kimi Raikkonen. Deram adeus no Q2: Romain Grosjean, Esteban Gutierrez, Jolyon Palmer, Carlos Sainz e Pascal Wehrlein. 

No Q3, Rosberg fez a primeira volta e ali já garantiu o primeiro tempo sem problemas. Verstappen foi o segundo e ali ficou também. Em terceiro terminou Raikkonen, que se dá bem em Spa, seguido por Sebastian Vettel. Em quinto ficou Daniel Ricciardo, sexto Sergio Perez, sétimo Nico Hulkenberg, oitavo Valtteri Bottas, nono Jenson Button e décimo Felipe Massa. 


Foto: XPB Images/Motorsport

Antes da prova começar, a FIA revisou a punição em Lewis Hamilton e ele, além de perder 60 posições, foi obrigado a largar dos boxes. Mudando a estratégia, Hamilton e Alonso já saíram com pneus médios, buscando permanecer mais tempo na pista. Apenas Rosberg, Raikkonen, Vettel e Ricciardo largaram com pneus supermacios, o restante do grid foi de pneus macios.

Na largada, Rosberg manteve a ponta e as Ferrari se tocaram, com Vettel rodando. Massa largou incrivelmente e pulou para o quinto lugar. Grosjean também saltou de décimo primeiro para sexto. Verstappen também teve problemas e vinha mais lento na pista. O piloto holandês foi para os boxes, Nasr teve pneu furado e também foi, além das Ferrari, que tinham problemas depois de colidirem. Carlos Sainz também furou pneu e rodou perigosamente na pista.

Top 5 com Rosberg, Hulkenberg, Ricciardo, Bottas e Grosjean. Massa já foi para os boxes e tirou os pneus supermacios e colocou os macios. Tivemos Safety Car Virtual na pista e por isso o brasileiro aproveitou para ir sem perder tanto tempo. Volta 5 e Kevin Magnussen bateu forte na Eau Rouge e saiu mancando do carro. Safety Car na pista.

Com o Safety Car, muitos pilotos foram para os boxes trocar pneus. Top 5 na volta 7 com Rosberg, Ricciardo, Hulkenberg, Alonso e Hamilton. Massa era o sexto. Hamilton, que, com o quinto lugar, conseguia se manter na ponta do campeonato.




Na volta nove, bandeira vermelha para os reparos na pista serem feitos de maneira adequada. As 9h41 min de Brasília, 16 minutos depois da batida de Magnussen, a corrida voltou sob Safety Car para a relargada. Maioria dos pilotos escolheu colocar pneus macios no retorno da corrida. Relargada e Alonso ia pra cima de Hulkenberg pelo terceiro posto e Massa segurava Perez pelo sexto lugar. 

Hamilton, mais rápido, passou Alonso e já conseguiu o quarto lugar. Raikkonen e Verstappen se desentenderam novamente e bateram na briga pelo décimo quarto lugar. Em nova briga, Verstappen fechou a porta para Raikkonen de maneira perigosa, obrigando o finlandês a frear na reta. Hamilton já chegava em Hulkenberg e Massa encostava em Alonso. 

Kvyat, que vinha trazendo um trenzinho de pilotos atrás dele, foi ultrapassado por Vettel pelo oitavo lugar. No poder do motor e do carro, Hamilton passou Hulkenberg e conseguiu o terceiro lugar. Hamilton que estava seis segundos de Ricciardo, enquanto Rosberg estava três segundos a frente do australiano. Rosberg vinha de pneus médios, enquanto os dois pilotos atrás dele vinham de macios. 

Raikkonen tentou passar Grosjean pelo décimo segundo lugar e também bateu de leve no francês. Na volta 19, o finlandês realizou a ultrapassagem. Perez vinha pra cima de Massa e deixava o brasileiro sob pressão e mais distante ainda de Alonso, que vinha a frente em quinto. Hamilton foi para os boxes e perdeu algum tempo na troca de pneus. O inglês voltou em nono lugar. 

Metade de prova e vários pilotos fazendo suas paradas. Felipe Nasr, que era décimo terceiro, foi punido com 5 segundos no tempo de prova por ter se aproveitado em disputa por posição ao tirar as quatro rodas do traçado da pista. Hulkenberg e Alonso se estranharam na saída dos boxes e chegaram a bater os carros. O alemão ficou com a posição na frente do espanhol.

Verstappen, outro inspirado nas batidas, dessa vez encontrou Perez na pista. Vettel, não tão bem, passou também o holandês, que deu o troco e passou de volta o alemão. Vettel não deixou barato e na volta seguinte passou Verstappen. Bottas veio no embalo e já colocava pressão no jovem piloto. Bottas passou Verstappen e em seguida o piloto da Red Bull foi para os boxes. 

Grande briga entre Alonso, Massa e Perez. Os três muito próximos e com Massa tentando encostar em Alonso para sair da pressão de Perez. O mexicano colocou por fora, forçou e passou o brasileiro na volta 29. Hamilton chegou em Ricciardo e já buscava ficar menos de um segundo atrás do australiano para poder usar a asa móvel. 

Volta 32 e Hamilton foi novamente para os boxes. Hulkenberg passou ele e Perez vinha próximo. No momento era Vettel que vinha pra cima de Massa. O alemão conseguiu aproveitar o embalo e passar, mas Vettel errou na curva e Massa passou de volta. Hamilton, de pneus novos, chegou e passou Hulkenberg. Vettel tentou de novo e dessa vez concretizou a passagem sobre Massa. E o alemão passou Alonso pelo sexto lugar. 

Restando cinco voltas para o final, poucas emoções na pista e top 5 com Rosberg, Ricciardo, Hamilton, Hulkenberg e Perez.  Na volta 41, Hamilton vinha bem mais rápido que Rosberg e Ricciardo, chegou a virar 2 segundos mais rápido, porém ainda estava longe, dez segundos de Ricciardo. Massa foi passado por Bottas e caiu para o nono lugar. Raikkonen chegou e com o DRS passou tranquilo Massa. 

Vence Nico Rosberg! Sem ameaças, sem dificuldades, vitória do alemão! Segundo posto para Daniel Ricciardo, terceiro Lewis Hamilton, saindo do último lugar no grid. Quarto Hulkenberg, Perez quinto, Vettel sexto, sétimo Alonso, oitavo Bottas, nono Raikkonen e décimo Massa. No campeonato, Rosberg tira 10 pontos de desvantagem para Hamilton, 232 a 223 pontos respectivamente. 


A Fórmula 1 já volta semana que vem. Próxima prova na lendária e rápida Monza, na Itália.

Até mais!

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A diferença financeira entre gêneros no esporte



Salve Salve Nerds!



Antes de começarmos, gostaríamos de agradecer as mulheres que contatamos para lerem o texto antes de ser publicado e nos ajudarem a corrigir possíveis falhas que poderiam vir a existir na interpretação dos fatos e do contexto feminino no esporte. Também pedimos perdão pelo tamanho do post, mas acreditamos que o tema é mais do que válido como justificativa.

Um assunto que vem entrando em pauta com bastante frequência, até pela importância, é a diferença de valores que atletas mulheres recebem a menos que os homens no esporte. São várias as razões para que isso aconteça e iremos explanar um pouco disso aqui e alguns pontos que ressaltam essa diferença. 

No esporte, a participação feminina foi deixada de lado por muitos anos, pois para muitos essa prática era exclusivamente masculina e deveria seguir assim. Na primeira edição dos Jogos Olímpicos, em 1896, nenhuma mulher participou. Na segunda edição, em 1900, apenas 22 mulheres estiveram, contra 975 homens. O Brasil teve uma mulher representando o país pela primeira vez nos jogos de 1932, com a nadadora Maria Lenk. 


Charlotte Cooper, a primeira campeã olímpica da história. Campeã no tênis nas duplas mistas e no individual em 1900


Mesmo hoje, a cobertura esportiva trata de maneira diferente homens e mulheres. Seja abordando as mulheres em quesitos estéticos ao invés de esportivos ou mesmo na quantidade de matérias e produções do esporte feminino. Pesquisa realizada em 108 países mostrou que apenas 11% das notícias esportivas produzidas são sobre as mulheres. Na Espanha, esse número cai para apenas 6%. Por lá, as atuais campeãs espanholas, do Athletic Bilbao, tiveram uma entrevista coletiva cancelada, pois nenhum jornalista estava presente para entrevistar.





 Diferença de valores

Alguns esportes, como o Tênis e atletismo, já contam com premiações de títulos, principalmente, e salários iguais aos homens. No entanto, o restante conta com valores bem desiguais. No basquete, a WNBA paga um valor mínimo de 39 mil dólares para uma atleta e os maiores salários são em torno de 109 mil dólares. Já a NBA paga aos homens um mínimo de 509 mil dólares e os maiores salários passam de 20 milhões anuais.

No golfe, a líder do ranking mundial, a neozelandesa Lydia Ko, ganhou 2,8 milhões de dólares em prêmios no último ano. Jordan Spieth, líder no masculino, ganhou cerca de 12 milhões, mais que o quádruplo.

Entre os 10 eventos que mais pagam em premiações, em nenhum deles há a presença de mulheres, como mostra a imagem abaixo:



Mesmo se formos ver a lista dos atletas mais bem pagos do mundo de 2015, entre os 15 que mais receberam em patrocínios há apenas uma mulher. Maria Sharapova estava em décimo segundo lugar e recebeu 23 milhões de dólares em patrocínios. O líder em dinheiro recebido foi Roger Federer, com 58 milhões de dólares.

Nos valores totais recebidos, quem lidera entre os homens é Cristiano Ronaldo, somando salários e patrocínio um total de 88 milhões de dólares. Messi vem em segundo com 81,4 milhões e LeBron James em terceiro com 77,2 milhões.

Serena Williams é a mulher com mais rendimentos de 2016, com 28,9 milhões de dólares. Maria Sharapova vem em segundo com 21,9 milhões e Ronda Rousey em terceiro, com 14 milhões. Vemos que, mesmo somando os rendimentos das três atletas, não chega a ser o terceiro lugar da lista masculina. 

Há todo um contexto em que o esporte masculino está e que em alguns aspectos poderia justificar a diferença salarial e de patrocínios. A visibilidade nos canais de TV, na internet e outros meios ainda é maior. O esporte feminino infelizmente não é visto como de mesma qualidade, como produto e tecnicamente, que o masculino. Os veículos e patrocinadores não valorizam da mesma maneira que um esporte praticado por homens seria valorizado. Mesmo as coberturas dos esportes com presença feminina são aquém das masculinas. Podemos ver nos portais de esportes que as notícias referentes às mulheres no esporte são minoria e mesmo alguns campeonatos tem pouca ou nenhuma cobertura da grande mídia. 

Se são atletas de alto nível em ambos os gêneros, deveria haver um tratamento mais igual por parte de quem financia o esporte. O público também acaba por afetar positiva ou negativamente a exposição do esporte feminino. No Vôlei, por exemplo, temos a exibição dos jogos na televisão e o público se faz presente nos ginásios para acompanhar os jogos. Não podemos dizer que é culpa do público o fato de as mulheres não terem espaço como atletas, mas as marcas acabam não trabalhando com pessoas, e sim com valores, sendo o esporte feminino um produto com menor valor financeiro ainda.

Mais informações sobre o jornalismo de gênero e sobre a diferença salarial entre homens e mulheres no esporte você pode conferir AQUI.

Investimentos no Futebol Feminino

No futebol, o esporte com maior exposição e que atrai mais praticantes no mundo, a realidade para as atletas começa a ficar mais favorável. Porém, a desigualdade de valores ainda é enorme. Nos Estados Unidos, onde o futebol feminino tem uma liga estruturada, os salários variam de 6 mil dólares anuais até pouco mais de 30 mil. Os seis mil estão abaixo da linha da pobreza federal americana, que é de 11,7 mil dólares anuais. 
O maior salário anual da NSWL, a Liga Americana Feminina de Futebol, equivale a meio por cento do salário de Kaká, que tem o maior salário da MLS, a Liga Americana de Futebol, mais de sete milhões de dólares. O menor salário recebido por um jogador da MLS é de 60 mil dólares, o dobro do maior salário da NSWL. Abaixo há uma tabela de um levantamento da Forbes, dos menores salários das principais ligas de esportes americanos e da NSWL:




Foi feito um breve levantamento de como andam as principais ligas de futebol feminino. Vale conferir AQUI o texto de como elas são organizadas e se estão funcionando bem.

No caso brasileiro, o futebol feminino começou com empolgação e criação de campeonatos nacionais, além do domínio de equipes brasileiras, como o São José, na Libertadores. Porém, os clubes acabavam por fechar os projetos por falta de dinheiro e patrocínios para manter essas equipes. Buscando uma solução que pudesse manter em atividade as jogadoras, principalmente as que fazem parte da seleção brasileira, seja ela de base ou a principal, a CBF decidiu criar uma seleção permanente.

Nessa seleção permanente, as atletas podem treinar na estrutura da CBF ou é facilitado pela confederação para que as jogadoras busquem equipes brasileiras para jogarem. Elas recebem um salário e podem assim viver definitivamente do futebol. Treinando e mostrando mais as suas qualidades, várias conseguem contratos com equipes de fora e assim seguem suas carreiras com mais solidez e definitivamente como profissionais do esporte.

Em entrevista para a ESPN, Marco Aurélio Cunha, que é o coordenador de futebol feminino da CBF, disse que a principal dificuldade para se ter um campeonato nacional sólido está na dificuldade financeira. Os clubes não conseguem arcar com as várias despesas, de viagem, materiais, hotéis e outros gastos e acabam deixando de participar das competições. Para isso, a CBF acaba por colocar menos datas de jogos no Campeonato Brasileiro para que os times possam disputar.

Ainda não há direitos de transmissão dos clubes ou mesmo da CBF, que cede para a TV Brasil e recentemente para o Sportv, que transmite alguns jogos. Valores que fazem muita diferença para as equipes masculinas, que recebem números astronômicos da Globo e agora do Esporte Interativo. A renda dos jogos, que poderia ser outra fonte de dinheiro, também é baixa. A média de público do futebol feminino ainda é baixa e assim dificulta esse tipo de arrecadação.

Quando vamos observar os gastos da CBF com as seleções em 2015, vemos também a diferença que existe. A equipe masculina principal recebeu em 2015 61 milhões de reais diretamente, enquanto a equipe feminina contou com 18 milhões. Valor menor do que o direcionado para as equipes de base nacionais, que é de 22 milhões. Há outros valores recebidos, como patrocínios e gastos conjuntos, porém podemos ver a diferença grandiosa no que é repassado.

Gastos da CBF com o futebol em 2014 e 2015 - Imagem: CBF


Ainda falta apoio, tanto por parte da CBF, de patrocinadores e do próprio torcedor do futebol feminino. Esse incentivo acaba acontecendo massivamente em grandes eventos, como pudemos ver durante as Olimpíadas, porém no dia a dia do esporte no país acabamos nos esquecendo disso. 

Temos que considerar o futebol feminino como uma modalidade mais nova e que está em crescimento. Mercadologicamente falando, não se pode esperar que o dinheiro recebido pelas equipes cresça repentinamente e que tudo melhore de um momento para o outro. Aos poucos, com apoio e desenvolvimento gradual, os resultados aparecerão. O interesse tem crescido mundialmente e já há mais times interessados em abrirem equipes femininas. Na Europa, vários dos grandes clubes espanhóis, ingleses e alemães já apostam nos times femininos. Aqui, Corinthians, Flamengo, Santos, Vitória e Vasco contam com um time disputando o campeonato brasileiro. O Flamengo é o atual campeão nacional.


Foto: AllSports/CBF


Para complementar os dados e as falas anteriores, trazemos uma análise da nossa amiga Mariana, sobre a situação do esporte feminino:

O problema acerca do esporte feminino não é de hoje e não vai acabar amanhã. Não importa o quanto enaltecemos as meninas do futebol durante as Olimpíadas, a situação de inferioridade é tão intrincada na nossa cultura quanto escovar os dentes. E por que isso? É apenas mais um resquício da sociedade machista e da sobreposição de um gênero sobre o outro. 

O esporte feminino profissional é recente, mas não por não existir mulheres com o desejo de treinar, mas porque a conquista feminina do espaço público é nova. A possibilidade de sair de casa, ter uma carreira e “mandar no nosso próprio nariz” - entre aspas, pois esse direito ainda não é unanime - não garantiu a apreciação do nosso trabalho. No momento que nos lançamos para o ambiente “masculino”, temos que provar o dobro, o triplo, 1000 vezes mais do que somos capazes para ter o mínimo de respeito. E qualquer escorregão é justificado pelo gênero e/ou total falta de talento. 

Como já foi dito, a conquista desse espaço público é recente e a massa ainda é majoritariamente conservadora. A mídia, que pauta para essa massa, é comandada pelos velhos bonachões multimilionários que não veem muita vantagem em exibir o talento das moças. Ela - mídia - se esconde na fraca justificativa de que o público - que já discutimos como conservador - não compraria a novidade, não seria capaz de se libertar das amarras do machismo e ver mais do que um par de pernas e um belo abdome no vôlei de praia. Afinal, é isso que interessa do esporte feminino: beleza, peitos e maternidade. Isso nos ridiculariza, nos coloca na posição de inferioridade que lutamos tanto para superar. Nos reduz à carne, à sobra, ao outro. 

E a cadeia desencadeada pelo menosprezo midiático é gigante. Há um impacto social, pois o público nunca poderá conhecer verdadeiramente o que temos para apresentar. Tem um impacto pessoal no momento que muitas meninas que pensam em uma carreira têm seus sonhos abalados. E há o impacto econômico, o mais imediato deles. 

As empresas e marcas que investem em esporte desejam exposição. Eles não colocam dinheiro em um bom atleta por serem bons samaritanos, mas porque querem ver 10 vezes dessa grana de volta em seus bolsos. Então, para quê investir em um esporte invisível? Para quê gastar com aquilo que nunca dará um retorno? Muitas esportistas excelentes desistem já no inicio da carreira por não terem patrocínio. E aquelas que já são consagradas, têm que manter outras fontes de renda pois é inviável se dedicar apenas ao esporte. Como é possível ver na pesquisa feita pelo Nerd Esporte, os números não mentem e a realidade é cruel. 

Nós temos a melhor jogadora de futebol do mundo e, ainda sim, estão ameaçando fechar a seleção permanente. Nem carteira assinada a CBF deu para as meninas. E a prova que elas receberiam igual carinho do torcedor que o grupo masculino veio durante as Olimpíadas. Mas - mais uma vez - bastou um escorregão para que a arte delas virasse inferior.  

Nós tratamos as mulheres como inferiores, logo elas não estão na TV. Quando estão, são tratadas como objetos. Quando não estão, não tem patrocínio. E sem patrocínio não tem oportunidade. Sem oportunidade, não tem esporte feminino. E sem esporte feminino…. Eu faço questão de usar as palavras da Marta e complementá-las; não desistam de nós, não deixem de apoiar o futebol feminino, não deixem de apoiar o nosso esporte, a gente precisa de vocês. 



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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Podcast Nerd Esporte #11 - Rio 2016 - 1ª Semana



Salve Salve Nerds!




Está no ar mais um Podcast Nerd Esporte edição olímpica! Arthur e João comentam como foi a primeira semana do maior evento do esporte, desde a abertura, os destaques, derrotas e surpresas brasileiras, além dos heróis olímpicos internacionais.

Confira como foi a semana olímpica abaixo:



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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Podcast Nerd Esporte #10 - Olimpíadas Rio 2016



Salve Salve Nerds!

Capa: Arthur


Está de volta mais um Podcast Nerd Esporte! João e Arthur entram no clima olímpico e trazem as expectativas das Olimpíadas. Conheça os destaques brasileiros dos jogos, o tabu da seleção de futebol, os favoritos dos jogos, as ausências e mais!

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