quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Champions, Libertadores e o Dérbi Centenário



Foto: Vitor Silva / SSPress/Botafogo


Esse meio de semana foi recheado de partidas importantes, tanto na Europa quanto por aqui. Começamos com a Liga dos Campeões, que teve rodada com média bem alta de gols. Além dos jogos da semana passada, com Benfica 1x0 Borussia Dortmund, Bayern de Munique 5x1 Arsenal, Real Madrid 3x1 Napoli e PSG 4x0 Barcelona, tivemos mais quatro jogos essa semana, que trouxeram mais uma enxurrada de gols.

Em Manchester, o City recebeu o Monaco. E os donos da casa saíram na frente. Sané tabelou com David Silva e cruzou para Sterling completar para a rede, 1 a 0 aos 26 minutos. Aos 31, Caballero não cobrou muito bem o tiro de meta e o Monaco tomou a bola. Fabinho avançou na lateral e cruzou para Falcão Garcia, sozinho, marcar de cabeça, 1 a 1. E aos 39, Fabinho lança Mbappé, chuta forte e marca o gol da virada do principado. Aos 4 minutos da etapa final, Falcão teve a chance de ampliar, mas perdeu o pênalti, quase recuando para Caballero.
Aos 12, Sterling tomou a bola e lançou Aguero, que na área chutou e Subasic aceitou, 2 a 2. Mas, dois minutos depois, el Tigre apareceu novamente. Falcão recebeu passe na entrada da área, driblou Stones e tocou por cobertura no goleiro Caballero, um golaço.
A resposta do City foi com outro belo gol. Escanteio cobrado por De Bruyne que Aguero pegou de primeira e de meio voleio mandou pro gol, 3 a 3. E aos 31, nova virada, mas dessa vez a favor do City. Stones, o perseguido pelos erros anteriores no jogo, apareceu bem na área em desvio de cobrança de falta e deixou o dele, 4 a 3. Em grande jogada coletiva do City, Aguero serviu Sané, que não perdoou e ampliou, final 5 a 3.




Em Portugal, o Porto recebeu a Juventus. O duelo estava equilibrado e com certa pressão portuguesa, mas, uma expulsão mudou tudo. Alex Telles, com duas faltas em dois minutos, foi expulso e deixou os donos da casa com um a menos aos 25 minutos da etapa inicial. A Velha Senhora cresceu na partida e vinha martelando a defesa lusa. Aos 26 da segunda etapa, Pjaca tocou para Dybala, que mandou passe para  Liechtsteiner, mas a bola desviou na defesa e voltou para Pjaca, que aproveitou e chutou sem marcação para fazer 1 a 0. 
Três minutos depois, Alex Sandro avançou na direita e cruzou para Daniel Alves, que dominou de peito e chutou para fazer o segundo dos italianos. Final 2 a 0. 



Em outro jogo com muitos gols, o Bayer Leverkusen recebeu o Atlético de Madrid. E os visitantes já começaram mais atentos. Tanto que, aos 16 minutos, Saúl avançou pela direita, puxou para o meio e acertou belo chute, tirando do goleiro Leno, 1 a 0 Atlético. Aos 24, bobeada impressionante da defesa alemã, com Dragovic cabeceando a bola para trás e deixando ela para Gameiro, que avançou, chamou dos marcadores e na entrada da área tocou para Griezmann, que fuzilou o gol, 2 a 0.
Na segunda etapa, logo aos dois minutos, Bellarabi apareceu na área em cruzamento rasteiro de Henrichs, mandando pro gol, 2 a 1. Aos 13, Gameiro deu uma caneta em Dragovic e sofreu pênalti. Ele mesmo cobrou e ampliou, 3 a 1 para os espanhóis. Nove minutos depois, aos 22, Brandt cruzou para a área e Moya espalmou para a frente, a bola bateu no zagueiro Savic e entrou, gol contra e 3 a 2 no marcador. O Leverkusen cresceu no jogo e fazia pressão sobre os visitantes, buscando um importante empate. Mas, a ducha de água fria chegou aos 40 minutos. Fernando Torres, El Niño, apareceu sozinho na área e cabeceou certeiro no canto para ampliar. Final 4 a 2 Atlético.




Em Sevilla, o time da casa recebeu o Leicester. A partida quase toda foi de domínio espanhol, com os ingleses buscando os contra golpes e Schmeichel sendo o grande jogador do jogo, com grandes defesas. E, aos 13 minutos, Schmeichel já precisou trabalhar. Joaquin Correa sofreu pênalti e ele mesmo cobrou, parando no paredão dinamarquês. Aos 24, Escudero fez bom avanço na lateral e cruzou para Sarabia cabecear certeiro, no canto, 1 a 0 Sevilla.
Os donos da casa seguiam dominando e chegaram a ter 71% de posse de bola. Aos 16 da etapa final, Jovetic recebeu lançamento, dominou no peito, limpou dois marcadores e tocou para Correa marcar, 2 a 0. Em um dos poucos lances no ataque, o Leicester soube aproveitar a oportunidade. Drinkwater fez cruzamento a meia altura para Vardy, que se esticou e marcou para os ingleses. Final 2 a 1 Sevilla.



Pela Libertadores, duas partidas emocionantes na volta da terceira fase eliminatória, com Botafogo e Atlético Paranaense decidindo suas vagas na fase de grupos e jogando fora de casa. O furacão visitou o Deportivo Capiatá no Paraguai, precisando vencer por qualquer placar, já que a ida foi 3 a 3 na Baixada. E o time paranaense se comportou bem, equilibrando as ações e chegando com certo perigo. Logo aos 11 minutos, escanteio cobrado, Paulo André desviou e Lucho Gonzalez apareceu para completar, 1 a 0. No final de jogo, com cinco minutos de acréscimos, o furacão tomou certa pressão dos paraguaios, mas conseguiu segurar e se classificar para a fase de grupos. A equipe estará no grupo 4, com Flamengo, Universidad Catolica e San Lorenzo.




Após vencer por 1 a 0 em casa, o Botafogo visitou o Olimpia precisando apenas de um empate. Mas, o alvinegro não fez boa atuação na partida. A equipe precisou das boas defesas de Helton Leite na primeira etapa para se manter viva na competição. No segundo tempo, o próprio Helton Leite acabou se machucando e saiu, dando lugar a Gatito Fernandez. O fogão vinha se segurando e conseguindo, mesmo sob pressão, manter o placar.
Até que aos 34 minutos, em jogada começada no toque de calcanhar de Roque Santa Cruz, a bola não foi bem tirada pela defesa botafoguense e sobrou para Montenegro, que não desperdiçou, 1 a 0. Com o resultado, a partida foi para os dramáticos pênaltis.
E aí brilhou a estrela de Gatito Fernandez, o goleiro reserva, que entrou na segunda etapa e pegou os dois primeiros pênaltis, cobrados por Ortiz e Mendoza. O Botafogo converteu as duas primeiras cobranças, com Camilo e Pimpão. Rodi Ferreira fez a terceira e Victor Luís fez para os brasileiros. Na quarta cobrança paraguaia, Benítez chutou, mas parou novamente no monstro Gatito Fernandez. Final 3 a 1 Botafogo nas penalidades e vaga na fase de grupos garantida.




Pelo Campeonato Paulista, Corinthians e Palmeiras fizeram o primeiro clássico comemorando o centenário da rivalidade entre as equipes. E o jogo teve muita pegada, faltas e polêmicas, ingredientes mais do que suficientes para um clássico. Quando a bola rolou em campo, o que foi pouco diante de tantas faltas acontecidas, o Palmeiras se saiu melhor. O lance capital da partida foi aos 45 minutos, quando Keno avançou e Maycon fez falta sobre ele. No entanto, o juiz errou e achou que Gabriel havia feito a falta, expulsando o jogador do Corinthians, que já tinha cartão amarelo. A equipe corinthiana e os dirigentes se revoltaram e o jogo ficou parado por vários minutos.
No segundo tempo, o Palmeiras teve mais espaço e chegou mais, deixando o Corinthians todo no campo defensivo. Porém, eram poucas as chances mais claras, o time não conseguia aproveitar a vantagem que tinha. A partida caminhava para um bom empate para o Corinthians. Até aos 42 minutos, quando Guerra errou ao se livrar da bola e perdeu para Maycon. O jogador tocou, Zé Roberto não conseguiu cortar e o passe chegou em Jô, que de frente para o gol não desperdiçou, 1 a 0 timão.





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sábado, 18 de fevereiro de 2017

África do Sul e o título da CAF de 96





A África do Sul viveu intensos e tristes anos sob o regime do Apartheid, que segregava os negros dos brancos e suprimia a maioria negra que vivia no país. Um dos eventos pós-Apartheid que mais nos lembramos para falar sobre o começo da reconciliação do país é a Copa do Mundo de Rugby de 1995. A competição foi vencida pela seleção sul-africana em casa e com muita união de brancos e negros tanto na torcida quanto na própria seleção, em participação ativa de Nelson Mandela.

Mas, além desse evento memorável, não podemos esquecer de outra grandiosa conquista do país no esporte e que também trouxe um sentimento de unidade ao país, a Copa Africana de Nações de futebol de 1996. Assim como a Copa do Mundo de Rugby não tinha os sul-africanos como favoritos, no futebol o favoritismo da nação era menor ainda.

Antes de falar da campanha, vamos aos personagens principais. O goleiro da equipe era Andre Arendse, que foi quatro vezes campeão sul-africano e na época da Copa Africana defendia o Santos Football Club, sim, uma homenagem ao Santos brasileiro. Arendse defendeu a seleção por 67 jogos e chegou a ser goleiro do Fulham por duas temporadas. de 98 a 2000.

Sizwe Mountag era o zagueiro da equipe. Ele passou por Leeds, Tenerife e até o Saint Gallen, da Suíça, além de clubes sul-africanos. Na época da CAF ele jogava no próprio país e disputou 26 jogos pelos Bafana Bafana.

Eric Tinkler era um dos meio campistas da seleção. Ele rodou por Portugual, Inglaterra, Itália e estava no Vitória de Setubal em 96. Phil Masinga foi um dos jogadores de maior sucesso do país. O atacante rodou por Inglaterra, Itália, Suíça e passou até no oriente médio. Na época da CAF estava defendendo as cores do Leeds. O onze inicial da equipe normalmente contava com Arendse, Motaung, Tovey, Fish, Niaty, Tinkler, Buthelezi, Moshoeu, Khumalo, Williams e Masinga. E o comandante da equipe era Clive Barker, renomado treinador no país que desde 1973 rodou por equipes até em 1994 chegar ao selecionado nacional. Por obra do destino, sorte, ou coincidências da vida, o Quênia não conseguiu se preparar como sede da CAF de 96 e assim a sede ficou com a África do Sul.

Por causa do regime do Apartheid, a África do Sul ficou por muitos anos proibida de participar de competições esportivas internacionais. No ano anterior, 95, a equipe enfim conseguiu realizar  mais amistosos e participou de uma copa, tendo boas atuações contra Egito e Costa do Marfim.

Foto: Getty Images


A Campanha

No primeiro jogo, com quase 80 mil presentes no FNB Stadium, a África do Sul encarou a poderosa seleção de Camarões, sensação da Copa de 94. Porém, os camaroneses já não contavam com vários talentos, que eram comandados por Roger Milla na Copa. Sem tomar conhecimento, a seleção da casa atropelou os leões indomáveis e venceu por 3 a 0, gols de Masinga aos 14, aproveitando lançamento longo, Williams aos 37 sendo oportunista no bate-rebate da área e Moshoeu aos 10 da segunda etapa, tabelando com Masinga e invadindo a área para tocar na saída do goleiro.




No segundo duelo, partida equilibrada diante de Angola. O gol saiu na segunda etapa, aos 13 minutos, com Williams. Final 1 a 0.

Já na terceira partida, jogo contra a grande seleção do Egito. Os Bafana Bafana não foram tão bem e logo aos sete minutos viram El Kass marcar o gol da vitória egípcia. Mesmo com a derrota, a seleção da casa se classificou em primeiro lugar no grupo, com saldo melhor que os egípcios, 3 contra 1.

Nas quartas de final, uma partida que foi a famosa prova de fogo da equipe da casa. O jogo foi contra a Argélia e como podemos ver nos melhores momentos abaixo, a partida foi bem disputada. A seleção da casa saiu na frente já aos 27 minutos, com Mark Fish dando um carrinho oportunista na área. O empate saiu já na bacia das almas, aos 39 minutos. Tarik Lazizi subiu bem no escanteio para marcar para a Argélia. Mas, na vontade, no minuto seguinte, John Moshoeu aproveitou a bola na intermediária e acertou chute certeiro no canto, 2 a 1 e festa no estádio.  






Na semifinal, outra pedreira no caminho sul-africano, dessa vez Gana, que era comandada por nada menos que Abedi Pelé, o maior artilheiro e jogador da história do país, mas que suspenso não jogou. E, assim como no confronto com Camarões lá na primeira fase se esperavam dificuldades, o passeio da seleção da casa foi igual. Moshoeu marcou dois gols, um aos 22 e outro aos 42 da segunda etapa, enquanto Williams fez o dele com um minuto da etapa final. 

Com 80 mil presentes no FNB Stadium, a África do Sul entrou em campo diante da Tunísia em busca do título inédito. O nervosismo atrapalhou a equipe, que errou muito na primeira etapa e acabou passando zerada no placar. No segundo tempo, o time colocou mais a bola no chão e conseguiu concretizar as jogadas. Aos 28 minutos, falta cobrada, a bola foi desviada de cabeça, o goleiro errou e chegou na segunda trave em Masinga, que cruzou na medida para Mark Williams cabecear e abrir o placar. 
Dois minutos depois, erro na saída de bola da Tunísia, com Radebe tomando a bola e tocando para Williams, de novo ele, entrar na área e tocar fora do alcance do goleiro, 2 a 0. 



Um título que entrou para a história do futebol e também da África do Sul como um todo. Se o esporte pode transformar a sociedade, podemos dizer que ele fez bastante pela África do Sul com as conquistas no futebol e no rugby.  


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Artilheiros Continentais







Se tem uma competição que anima as torcidas pelo mundo esta é a copa continental. Sejam as Ligas dos Campeões da Europa, Ásia, Oceania, África, América do Norte ou a Libertadores da América, temos os jogadores que se destacam pela artilharia pesada. Traremos aqui os maiores artilheiros de cada uma das competições continentais, seja em uma única edição ou no somatório das participações. 


Ásia

Dong-Gook Lee, o matador asiático - Foto: AFP

Na Liga dos Campeões da AFC, a Federação Asiática de Futebol, temos um brasileiro como maior artilheiro de uma única edição da Liga. Muriqui, atuando no chinês Guangzhou Evergrande, anotou 12 gols na edição de 2013/14. O Guangzhou foi o campeão daquele ano.

O artilheiro geral da AFC Champions League é o sul-coreano Dong-Gook Lee. Lee conseguiu a marca de 32 gols em 57 jogos disputados na competição. Ele defende o Jeonbuk, da Coréia do sul e já tem 37 anos de idade. 


Oceania

Totori, o cara da Oceania - Foto: Getty Images

Se já não é muito fácil encontrar dados da Ásia, a Oceania precisa de confiança nos poucos sites que tratam da Liga de lá. Em uma única edição da Liga dos Campeões da Oceania, Sasho Petrovski é o artilheiro, com 13 gols anotados em 2001 quando defendeu o Wollongong Wolves e foi campeão. Ele soma 17 na história, com mais quatro gols feitos em 2005.

Na artilharia histórica,  Benjamin Totori é quem mais balançou as redes oceânicas com 20 tentos. Ele fez 7 gols pelo YoungHeart Manawatu em 2006, 7 pelo Waitakere United de 2008 a 2010 e 6 pelo Koloale em 2011 e 2012. Totori foi campeão da Liga dos Campeões da OFC em 2008 pelo Waitakere United.



África

A lenda do Egito e do Al-Ahly, Aboutrika - Foto: Getty Images

No continente africano, o maior artilheiro de uma edição única da Liga dos Campeões da África, desde 2000, é o jogador Stephen Worgu, que defendeu o Enyimba Aba, tanto o jogador quanto o clube nigerianos. Worgu marcou 13 gols na edição de 2008 da competição. 

Já o artilheiro geral da Liga dos Campeões da África é a lenda egípcia Mohamed Aboutrika, com 31 gols. Ele foi artilheiro na edição de 2006, com oito gols anotados e disputou 88 jogos da competição pelo Al-Ahly. Ele se aposentou em 2014. 

América do Norte

Orozco, artilheiro unificado na Concachampions - Foto: Azetaca Deportes
Na América do Norte, já tivemos várias competições continentais, mas é difícil de encontrar dados falando mais sobre as artilharias. Portanto, pegamos apenas os números da Liga dos Campeões da Concacaf, que existe desde 2008.

O maior artilheiro de uma única edição da competição foi Javier Orozco, quando jogava no Cruz Azul, na temporada 2010/11 e anotou 11 gols. E Orozco também é o maior artilheiro de todas as edições da Concachampions, com grandiosos 24 gols marcados em quatro participações.

Europa

O maior artilheiro continental - Foto: Getty Images

No velho continente, os artilheiros são velhos conhecidos do público nos últimos anos. Na temporada 2013/14, Cristiano Ronaldo destruiu e em 11 jogos marcou 17 gols. Ele quase alcançou o mesmo número em 15/16, marcando 16 gols. E, na artilharia geral, o gajo também é o líder. Cristiano tem nada menos que 95 gols, contra 93 de Messi, que vem na perseguição pela artilharia histórica.


Libertadores da América

Alberto Spencer, artilheiro não superado há mais de 50 anos


Em La Copa, o maior artilheiro em uma única edição é Daniel Onega, com 17 gols feitos. O argentino defendeu as cores do River Plate em 1966 para, nesse ano ser vice-campeão da competição, perdendo a final para o Peñarol. El Fantasma, como era chamado, nunca ganhou um título pelo River Plate, mas marcou 118 gols em 252 jogos pela equipe.

Na artilharia geral da Libertadores, um jogador que sabia como poucos ser artilheiro. Alberto Spencer fez história no Peñarol, sendo artilheiro de duas edições da Libertadores, em 1960 com sete gols e 1962, com seis. Spencer fez nada menos que 54 gols no total da competição continental. Ele é o segundo maior artilheiro do Peñarol, com 326 gols em 519 jogos. O jogador foi o primeiro a marcar quatro gols em uma partida na história da competição, com quatro tentos anotados na vitória por 7 a 1 no Jorge Wilstermann. O brasileiro com mais gols na Libertadores é Luizão, com 29 gols.

Agradecimentos aos amigos Yuri Casari e ao glorioso Arthur pela ajuda em encontrar alguns dados.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Podcast Nerd Esporte #15 - Superbowl LI






Está no ar mais um Podcast Nerd Esporte! Para começarmos o ano, Arthur e João trazem o nosso especialista Artur Lira para falar sobre o Superbowl LI. Saiba as expectativas e a campanha das equipes para o grande jogo, como foi o começo arrasador do Atlanta Falcons e a surpreendente e histórica reação do New England Patriots. E a pergunta, Tom Brady é o maior de todos os tempos?




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Citado no Podcast:

Ouça as músicas da banda Distintivo Blue, que compõe a trilha sonora do nosso podcast.

Veja os melhores momentos do Superbowl AQUI

Confira como foi um dos lances decisivos do Superbowl, a recepção que parecia impossível, AQUI

E veja alguns números e curiosidades sobre o Draft que selecionou Tom Brady, AQUI


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Guia Politicamente Incorreto do Futebol






Um dos livros de maior importância, que podemos colocar no hall das melhores produções sobre o futebol no país é o Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Escrito pelos jornalistas Jones Rossi e Leonardo Mendes Júnior, o livro tenta desmistificar alguns episódios emblemáticos do futebol nacional e relata com mais informações outras tantas histórias folclóricas do esporte nacional. 

Como exemplo, temos a explicação de que a Democracia Corinthiana não foi tudo o que normalmente se diz como movimento, ou que João Saldanha, treinador da seleção brasileira antes da Copa de 70, saiu do comando técnico por problemas técnicos e não por ser declaradamente comunista. Há também histórias sobre Garrincha, Pelé e o famoso episódio da Batalha dos Aflitos. 

Mesmo as origens do futebol brasileiro, com Charles Miller, recebem alguns questionamentos por parte dos jornalistas, afirmando que de um modo ou outro o futebol chegaria ao país, pois já haviam vários operários ingleses e indústrias migrando para cá e assim a cultura futebolística seria inserida nas terras tupiniquins. 

Outro episódio polêmico e até hoje discutido, sobre quem seria o campeão do Campeonato Brasileiro de 1987, é explicado desde o princípio, na criação problemática do campeonato sem a CBF, até as alterações no regulamento ao longo da competição. No final, Flamengo e Internacional, que faziam parte do módulo Verde, não jogaram a fase final, que seria para decidir um campeão geral das divisões feitas. 

O outro módulo era o Amarelo, que tinha clubes os quais não eram filiados ao chamado Clube dos 13, mas que foram convidados a disputar uma espécie de segunda divisão nacional. Assim, Sport e Guarani, finalistas do módulo Amarelo, fizeram uma espécie de final e o Sport foi o vencedor. 
A polêmica fica até hoje por conta das várias interpretações que o regulamento e a história permitem. 

Essas são algumas das investigações, tendo outras tantas, com Messi, as origens do Barcelona, a superioridade francesa em 98 e a fraqueza da seleção brasileira de 82 e outros personagens e fatos conhecidos do esporte bretão. É um grande livro, tanto em tamanho, são 416 páginas, quanto em qualidade. Vale conferir esse trabalho bem completo feito pelo Jones Rossi e o Leonardo Mendes Júnior. 


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

TEDs Esportivos






O TED, Technology, Entertainment, Design (Tecnologia, Entretenimento, Design) é um modelo de "palestras" que a organização sem fins lucrativos Sapling criou. Neste modelo, a ideia é disseminar ideias de maneira sucinta, para atrair a atenção do público em geral. São abordados todos os tipos de assuntos, inclusive relacionados ao esporte. Abaixo, trouxemos alguns TEDs esportivos que trazem boas discussões. Confira:

A matemática por trás dos movimentos mais surpreendentes do basquete

Nesse TED, o palestrante fala sobre o estudo dos "pontos de movimento" no esporte, especificametne no Basquete, no exemplo citado por ele. É mostrado como a tecnologia e uma máquina pode ter mais informações e auxiliar um treinador de basquete. Normalmente, há números que são interpretados pelas pessoas e assim usados nos treinamentos e partidas, mas nesse caso a máquina consegue interpretar os movimentos e números do jogo para passar orientações completas. A palestra mostra o quanto a tecnologia pode ajudar o campo esportivo com a precisão da análise e também ampliar esse trabalho para o dia a dia, afinal todos nós nos movemos e podemos assim ter esse movimento analisado de diversas formas.



Os atletas estão mesmo ficando mais rápidos, mais fortes e melhores?

Esse TED discute o como a tecnologia mais prática, presente na atividade do atleta, faz com que ele renda e os recordes de várias modalidades, como atletismo e ciclismo, aconteceram e evoluíram bastante graças aos aparatos tecnológicos. Ele trás comparativos de como, em condições iguais, as diferenças dos recordes de décadas passadas não estariam distantes dos desempenhos atuais. A tecnologia também permitiu que mais pessoas tivessem acesso a técnicas avançadas de treinamento e isso permitiu uma evolução física dos atletas.



Segredos dos atletas de elite

Nesse TED, Kenn Dickinson fala que o que torna os atletas diferentes de pessoas "normais" é o pensamento voltado para o alto rendimento, a capacidade de análise do jogo e da situação que estão vivenciando. Quando você visualiza uma jogada antes de realiza-la você está usando a mesma parte do cérebro que quando realmente faz o movimento. Ele ainda fala de como os atletas se preparam, que é necessário se preparar da maneira correta para obter o sucesso.



Psicologia do Esporte - Dentro da mente de atletas campeões

Aqui, o palestrante Martin Hagger fala da preparação psicológica dos atletas e como as expectativas podem influenciar no rendimento nas competições, seja quando se é muito favorito ou uma grande zebra. São citados vários exemplos de como o fracasso também deve ser superado pelos atletas que são muito favoritos e que estavam confiantes no triunfo mas acabaram perdendo. Perceber os pontos fortes, fracos e o adversário também são fatores importantes.  





Como a realidade aumentada transformará os esportes... e criará empatia

Assim como o título diz, Chris Kluwe fala sobre como a realidade aumentada pode ajudar no desenvolvimento do esporte. Ele mostra como a percepção de um lance muda quando você se vê dentro do próprio lance. Outro fator importante é a imersão que a realidade aumentada causa no público, que quer ser como o ídolo no esporte e vê isso ser mais possível através de imagens da GoPro ou usando um óculos de realidade aumentada como o Oculus Rift. 






segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Copa Africana de Nações - Final



Foto: Issouf Sanogo / AFP


No sábado e domingo, tivemos os jogos finais da Copa Africana de Nações. Primeiro, no sábado, a decisão do terceiro lugar, entre Gana e Burkina Faso. A partida foi equilibrada e as equipes não conseguiam chegar com qualidade para marcar. E quando parecia que teríamos tempo extra na partida, aos 44 minutos da etapa final, na bacia das almas, Alain Traore, em falta na entrada da área, cobrou com muita categoria, com curva e no ângulo do goleiro Ofori. Final 1 a 0 Burkina Faso e terceiro lugar da Copa Africana. Não encontramos o gol no Youtube, mas você pode ver AQUI, em HD, o golaço de falta. 


Já no domingo, a grande decisão. De um lado o Egito, dono de cinco taças do torneio, e do outro Camarões, dono de quatro edições. Aos 22 minutos, grande jogada do ataque egípcio no lado direito. Salah chegou na entrada da área e serviu Elneny, que chutou forte no alto e na diagonal para o goleiro não alcançar, 1 a 0. Na segunda etapa, aos 14 minutos, a reação camaronesa. bate rebate e cruzamento de Moukandjo para N'Koulou aparecer na área e cabecear, 1 a 1. E, seguindo o script, na bacia das almas, aos 43 minutos da etapa final, Aboubakar recebeu longo lançamento de trás do meio de campo, dominou, chapelou Gabr e chutou com a bola no ar para marcar um golaço, o gol do título camaronês. Final 2 a 1. Com o título, Camarões carimba a vaga na Copa das Confederações desse ano, na Rússia.


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Prévia Superbowl LI - New England Patriots x Atlanta Falcons




Por Artur Lira



New England Patriots e Atlanta Falcons se enfrentam no Superbowl LI (51). Se por um lado a equipe de Atlanta não tem um superbowl, a equipe de New England vem dominando a liga e Tom Brady busca o seu quinto título (se conquistar o título hoje será considerado o maior vencedor isolado de superbowls da história). 

No entanto, o ataque dos falcons pretende passar o rolo compressor pra cima de New England. O MVP (most valuable player) da temporada, Matt Ryan tem em sua companhia um ataque muito sólido. Julio Jones tem feito milagres nas suas recepções (mesmo não estando 100%) e a linha ofensiva tem dado conta do recado. O que deixa o ataque de Atlanta mais insano ainda é que todo mundo na linha de scrimmage sabe receber bolas e isso deixa as defesas adversárias muito expostas. 

Um ponto a se destacar é que se New England entrar em um tiroteio contra os Falcons vai sair baleado. Por outro lado, a defesa do time não é de longe a melhor das defesas da liga, mas tem evoluído e conseguido causar problemas para os qbs adversários. 

Pelo lado de New England, temos um time mais equilibrado. Um time com um ótimo ataque, com variações terrestres, com os passes venenosos e precisos de Tom Brady e com a experiência de Bill Belichik. No entanto, o que deixa o time ainda mais perigoso é a defesa que desde outros anos ataca muito a bola. Além disso, a média de pontos cedidos do time é uma das melhores da liga o que pode colocar Matt Ryan em situações de pressão. 

Vale lembrar, que esse tipo de matchup não foi enfrentado por nenhum dos dois times.  Os Patriots não enfrentaram um ataque tão dinâmico e poderoso essa temporada e os Falcons não enfrentaram uma defesa tão poderosa quanto a dos Patriots. O time de New England é um pouco mais confiável apesar dos falcons estarem jogando muita bola e terem se provado nesses playoffs que podem tornar partidas complicadas em passeios intermináveis. 

Chutômetro Lira
New England por 4 pontos

Chutômetro Xavier
Atlanta por 4 pontos

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Copa Africana de Nações - Semi final



Foto: Reuters


Na última quarta e quinta-feira, ontem, tivemos as duas partidas semi finais da Copa Africana de Nações. Foram duas partidas sofridas e difíceis até sair a equipe classificada. Confira:

Burkina Faso e Egito fizeram uma partida movimentada e emocionante em Libreville. O primeiro tempo foi bem aberto e as duas equipes chegaram com perigo, porém sem balançar a rede. Na segunda etapa, a disputa seguiu acirrada e aos 21 minutos, Kahraba recebeu de costas na área e ajeitou para Salah, que mandou um chutaço no ângulo, 1 a 0 Egito. Sete minutos depois, Traore recebeu passe na ponta direita e cruzou na área para Bance, que ajeitou e mandou pro gol. Final no tempo normal 1 a 1. 
Com o empate no tempo normal e na prorrogação, o jogo foi para as penalidades. Nas cobranças alternadas, o Egito errou a primeira com Said, aí uma sequência de três acertos para Burkina, com Traore, Diawara e Yago. No Egito dois acertos, com Sobhi e Hegazy. Salah cobrou e fez a quarta cobrança para o Egito. O goleiro Koffi cobrou e errou para Burkina em grande defesa de El Hadary. Warda fez para o Egito e Bertrand Traore também parou nas mãos de El Hadary, dando a vaga na final para o Egito.



Na outra semi final, Camarões fez um duelo de gigantes do continente. Um duelo de oito títulos, quatro para cada seleção. Na primeira etapa, Gana foi mais ao ataque, chegando bastante em jogadas centralizadas em Jordan Ayew. No segundo tempo, Gana seguia melhor e criando mais, mas o velho ditado "quem não faz, leva" fez sua vítima. Aos 26 minutos, Moukandjo cobrou falta, a defesa desviou errado e a bola ficou com Ngadeu-Ngadjui, que mesmo com pouco ângulo chutou e marcou, 1 a 0 Camarões. 
Na bacia das almas, quando Gana já tentava no desespero o empate salvador, aos 47 minutos, contra ataque de Camarões. Aboubakar avançou com a bola e, com um marcador contra dois, ele tocou para Bassogog, que avançou e na chegada do goleiro tocou tirando do alcance. Final 2 a 0 e Camarões indo para a decisão contra o Egito. 



A grande decisão da Copa Africana de Nações será no domingo, cinco da tarde. A disputa de terceiro lugar, entre Gana e Burkina Faso, será no sábado cinco da tarde também.


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