sábado, 18 de março de 2017

Circuitos e mudanças no regulamento da F1 2017





Tanto os circuitos da Fórmula 1 tiveram alterações quanto o regulamento, principalmente, que terá mudanças grandes e expectativas de causar alterações no reinado da equipe Mercedes, tão hegemônica nas últimas temporadas.

Circuitos

Nas pistas, teremos a redução de etapas, de vinte e uma para vinte. O GP que ficou de fora foi o da Alemanha, que vinha revezando Hockenheim e Nurburgring, mas com pedidas altas de Bernie Ecclestone e a falta de dinheiro não seguiram para esse ano. Com a Liberty Media assumindo o comando e Ross Brawn se tornando o novo gerente da categoria, poderemos vir a ter a volta do circuito nas próximas temporadas. Fora isso, o GP da Europa deixa de existir, sendo apenas o GP do Azerbaijão, em Baku. 


Austrália



O circuito de Albert Park, em Melbourne, abrirá a temporada no dia 26 de março. A pista já sediou 21 etapas, desde 1996, sem interrupções. De 1985 a 95 Adelaide era sede da prova. Michael Schumacher é o maior vencedor do GP, com quatro triunfos, enquanto Nico Rosberg venceu a etapa do ano passado. A prova normalmente traz surpresas entre os que pontuam, já que as equipes ainda estão em fase de adaptação e estudo dos carros, mesmo com a pré-temporada. 

China



A pista de Xangai, em uma das áreas mais modernas e também poluidas da China, receberá a categoria novamete no dia nove de abril. Os chineses já recebem a Fórmula 1 desde 2004, com Rubinho sendo o primeiro vencedor. Mas, quem mais triunfou por lá foi Lewis Hamilton, com quatro vitórias conquistadas. Nico Rosberg, sempre ele, foi o último vencedor da prova. Nâo é dos circuitos mais interessantes, mas também não é dos mais chatos. O que mais incomoda é o nível impressionante de poluição que se vê no ar, com muitas provas sob uma névoa de poluição. 

Bahrein

Foto: F1
O circuito de Sakhir, no deserto do Bahrein, tem história na Fórmula 1, com 12 GPs disputados, apenas 2011 ficou de fora devido à crises no país. Fernando Alonso é o maior vencedor do circuito, com três vezes no lugar mais alto do pódio, correndo pela Renault e pela Ferrari. Quem venceu em 2016 foi Rosberg. É uma prova que normalmente exige mais dos carros pelo calor e clima seco que faz na região, mesmo hoje a corrida sendo da tarde para a noite.

Rússia

Foto: Maxim Shemetov / Reuters


No quarto circuito da temporada, uma pista que foi construída no meio do parque olímpico das Olimpíadas de Inverno de 2014, em Sochi. Nessa pista sem tanta história na categoria, Lewis Hamilton venceu as duas primeiras provas, enquanto Rosberg foi vitorioso ano passado. É um circuito interessante, com bastante espaço e áreas de escape, proporcionando boas disputas. 

Espanha



Em um país que já chegou a ter duas corridas, da Espanha e GP da Europa em Valência, desde 1991 temos Barcelona como sede dessa tradicional etapa. Anteriormente, os circuitos de Pedralbes, Jarama, e Jerez sediaram provas, com vários intervalos sem etapas em solo espanhol. O maior vencedor do GP da Espanha é Michael Schumacher, que conseguiu vencer incríveis seis vezes no território catalão. Ano passado, Max Verstappen conquistou a primeira vitória da carreira por lá. Barcelona tem uma pista interessante e que os pilotos conhecem bastante, porque a pré-temporada toda é feita nessa pista, então não há muitos segredos guardados para as equipes ao chegarem nessa etapa. 

Mônaco

Foto: F1/Divulgação

Um dos mais tradicionais circuitos da Fórmula 1, e o mais glamouroso, a pista do principado de Mônaco recebe a F1 desde a sua criação, em 1950. Em apenas três anos, de lá para cá, o GP não foi realizado: em 1951, 1953 e 1954. O maior vencedor da prova foi Ayrton Senna, com seis vitórias em Montecarlo, sendo cinco seguidas, de 1989 até 93. Em 2016, Lewis Hamilton foi quem saiu vitorioso e recebeu os cumprimentos do príncipe Albert II.
Para você que não conhece essa pista incrível, é um circuito de rua travadíssimo, com várias curvas em baixa velocidade e pouquíssimo espaço para ultrapassagens. Apesar dessas condições que parecem desfavoráveis para um prova com mais emoção, na maioria das vezes a corrida reserva emoções e reviravoltas pelos vários Safety Cars.

Canadá

Foto: F1/Divulgação
Outro tradicional circuito, o autódromo Gilles Villeneuve recebeu provas da categoria desde 1978. O próprio Villeneuve, o maior piloto canadense da história da Fórmula 1, em 78, foi o primeiro vencedor da prova. Apenas em 1987 e 2009 que a prova não foi realizada no circuito. Anteriormente, de 1967 até 77, a prova revezou pelos circuitos de Monsport Park e Mont-Tremblant. Michael Schumacher, de maneira isolada, é o maior vencedor do GP. Foram sete vitórias, sendo a primeira pela Benneton e as outras seis pela Ferrari. Na temporada passada, Hamilton saiu como o vencedor. O inglês já triunfou quatro vezes em solo canadense.
Esta é uma pista com espaços e boas retas, inclusive com o famoso muro dos campeões, que tira tinta dos carros após uma curva rápida. É uma prova que exige potência e carros mais equilibrados para poder se dar bem.

Azerbaijão
Foto: F1/Divulgação

Tendo a primeira prova no ano passado, o circuito de Baku é o mais novo do circo da Fórmula 1. Na única prova realizada, Nico Rosberg se saiu vencedor. É uma pista travada, de rua, com retas longas, mas que não privilegiam tanto as ultrapassagens. Não foi das melhores provas do ano devido às grandes dificuldades de ultrapassagem que os pilotos tiveram e pela largura de apenas sete metros em alguns pontos.

Áustria


O primeiro GP da Áustria foi realizado em 1964, na pista de Zeltweg. Depois, em 1970, foi para Osterreichring, onde permaneceu entre 1970 e 87. De 1997 até 2003 voltou e ficou em A1-Ring.Em 2014, por influência da Red Bull, a prova voltou e está até hoje no calendário. Combinando todos os circuitos, Alain Prost é o maior vencedor do GP, com três vitórias. No ano passado, Lewis Hamilton foi quem venceu. É uma pista rápida e com mais espaços para ultrapassagens, portanto na teoria temos boas disputas e possibilidade de sucesso para quem larga mais atrás do grid, seja por erros na qualificação ou por menor qualidade dos bólidos. O clima instável da região também é um desafio a mais para os pilotos e equipes.

Inglaterra/Grã-Bretanha
Foto: F1/Divulgação

Outra das pistas lendárias da Fórmula 1, que está no calendário desde 1950 é Silverstone. Em algumas ocasiões, porém, Silverstone ficou de fora. Nesses anos, a Grã-Bretanha teve etapas em Aintree e Brands Hatch. Alain Prost e Jim Clark, com cinco vitórias, são os que mais receberam a bandeira quadriculada por primeiro nas pistas bretãs. Jim Clark inclusive venceu nas três pistas. Lewis Hamilton, pela terceira vez seguida, venceu a prova em 2016 e segue como dominante em casa.
Silverstone, até pela idade da pista, já sofreu diversas alterações. Porém, segue sendo uma pista que desafia os pilotos, com curvas de alta e baixa velocidade, retas e pontos de ultrapassagem. Além disso, o tempo inglês sempre pode surpreender de uma hora para outra durante a prova.

Hungria

O circuito de Hungaroring recebe a maior categoria do automobilismo desde 1986, de maneira ininterrupta. As três primeiras vitórias da pistas foram brasileiras, com Ayrton Senna vencendo uma e Nelson Piquet duas. No entanto, nenhum dos dois brasileiros é o maior vencedor da prova. Quem mais triunfou em solo húngaro foi Lewis Hamilton, com cinco vitórias e inclusive a última. O inglês venceu três pela Mclaren e duas pela Mercedes. Essa é uma pista que privilegia mais a velocidade do que a parte aerodinâmica. Tem várias retas e as curvas são mais abertas, o que não exige tanto dos carros.

Bélgica
Foto: F1/Divulgação

A Bélgica também recebe a Fórmula 1 desde 1950, porém por cinco vezes não esteve no calendário. Quando esteve, recebeu etapas em Spa-Francorchamps, a pista atual, Nivelles e Zolder.
Spa-Francorchamps é uma pista de peculiaridades. É o circuito mais longo da categoria, com mais de sete quilômetros de extensão, e que tem uma das curvas mais desafiadoras do automobilismo, a Eau Rouge, feita a mais de 300 km/h. Quem mais venceu nessa pista impressionante foi Michael Schumacher, com seis vitórias. Ano passado, Nico Rosberg foi quem venceu a prova. Como já citado, é uma pista longa e que desafia os pilotos fisicamente e mentalmente. Também conta com a presença frequente de Safety Cars e com a chuva.

Itália

Saindo da Bélgica, a Fórmula 1 vai para Monza, outra pista histórica, tão histórica que se chama circuito Enzo e Dino Ferrari. Monza também está entre os circuitos contemplados pela categoria desde 1950. Apenas em 1980 não sediou a prova, quando Ímola substituiu como sede do GP da Itália. Nelson Piquet venceu essa prova de 1980. Além de Piquet, com quatro vitórias na Itália, Emerson Fittipaldi, com uma, Ayrton Senna, com duas, e Rubinho, com três vitórias, foram os brasileiros vencedores da prova. Aliás, a vitória de Rubinho em 2009 foi a última vitória brasileira na Fórmula 1. O maior vencedor da história de Monza é Michael Schumacher. O alemão ficou no lugar mais alto do pódio, para delírio dos tiffosi, por cinco ocasiões. Quem venceu por último em Monza foi ele, Nico Rosberg.
Falando das qualidades da pista, é a mais rápida da Fórmula 1, onde foi registrada a maior velocidade já alcançada por um carro da categoria. É uma pista que privilegia muio mais a velocidade e tem pouca pressão aerodinâmica sobre os carros.

Malásia
Foto: F1/Divulgação

O Grande Prêmio de Sepang, na Malásia, foi o começo do olhar da Fórmula 1 para novos mercados. Desde 1999 o país sedia a categoria maior do automobilismo. Quem mais venceu em solo malaio foi Sebastian Vettel. Três vezes pela Red Bull e uma pela Ferrari. E quem levou o último GP da Malásia foi Daniel Ricciardo.
É uma pista que tem bons pontos de ultrapassagens e é um circuito equilibrado, com boas retas e curvas que também exigem. Um dos grandes componentes dessa etapa é a chuva. Tanto que de vez em quando a época da prova é alterada, tentando evitar chuvas torrenciais como a de 2009, quando a prova precisou ser terminada antes do final de voltas.


Cingapura
Foto: F1/Divulgação

Outro circuito dos tigres asiáticos, Cingapura sedia a Fórmula 1 desde 2008. Nesse período, apenas quatro pilotos venceram por lá, Fernando Alonso, Lewis Hamilton, Sebastian Vettel e Nico Rosberg. O maior vencedor dos quatro é Sebastian Vettel, com quatro triunfos. E quem levou o GP de Cingapura por último foi Nico Rosberg.
É uma pista sem muito espaço para ultrapassagens e que nem sempre traz muita emoção. O que acaba trazendo algo mais é algum Safety Car. Uma reclamação que existia era a de a pista ser muito ondulada e isso atrapalhar bastante os carros e até causar estragos.

Japão
Foto: F1/Divulgação

Sediando provas em 1976 e 77, depois ficando de 78 até 86 sem sediar provas, o GP do Japão, em Suzuka e Fuji, se tornou uma das etapas mais adoradas pelos pilotos e fãs da Fórmula 1. Além das boas pistas, a última prova do calendário por vários anos foi no país, o que gerou muita emoção e nostalgia, principalmente nas disputas entre Senna e Prost nos anos 80 e começo dos 90. Mas, se Senna foi idolatrado no Japão, conseguindo duas vitórias e os três títulos mundiais por lá, quem realmente se tornou o imperador da categoria foi Michael Schumacher, com seis vitórias. No ano passado, Nico Rosberg foi quem se saiu vitorioso de Suzuka.
Recebendo a F1 seguidamente desde 2009, Suzuka tem uma pista bem rápida, com bons pontos de ultrapassagem. Ao mesmo tempo, tem curvas que desafiam a habilidade dos pilotos, um circuito bem completo.

Estados Unidos
Foto: F1/Divulgação

Desde 1959 os Estados Unidos sediam provas da Fórmula 1. Porém, sem tanta regularidade de circuitos, já foram seis: Riverside, Sebring, Watkins Glen, Phoenix, Indianápolis e Austin. Ao todo, foram 38 GPs no país. Quem mais teve sucesso em todos os circuitos foram dois pilotos, Michael Schumacher e Lewis Hamilton. Hamilton venceu em Austin e Indianápolis, enquanto Schumacher venceu cinco das oito provas de Indianápolis, inclusive aquela com apenas três equipes de 2005.
Austin tem boas retas e curvas que são mais de alta velocidade do que baixa, mas nos últimos anos não tivemos muitas surpresas nos resultados. Hamilton venceu a última prova.

México
Foto: SkySports

Nos vizinhos de Donald Trump, a Fórmula 1 apareceu pela primeira vez em 1963. Ficou até 1970, para um primeiro período de abstinência até 1986, mas que durou pouco novamente, até 1992. Em 2015, após vários projetos e tentativas, os mexicanos voltaram para a categoria, que recebe enorme público nas arquibancadas do autódromo Hermanos Rodriguez. Jim Clark, Nigel Mansell e Alain Prost conquistaram duas vitórias no GP do México e são os maiores vencedores dele. Hamilton venceu ano passado e pode também chegar a duas conquistas em solo mexicano.
É uma pista bem interessante, que conta com grandes retas, combinadas com várias curvas bem quebradas e fechadas, que exigem do piloto bom controle e do carro que esteja em ordem.

Brasil

Desde 1973, sem interrupções, o GP do Brasil está na Fórmula 1. Interlagos e Jacarepaguá já foram sedes, com Interlagos seguidamente desde 1990. As três primeiras vitórias da história do GP foram de brasileiros: Emerson Fittipaldi duas vezes e José Carlos Pace. Mas, o maior vencedor do GP do Brasil foi Alain Prost, com impressionantes seis vitórias, cinco em Jacarepaguá e uma em Interlagos.
É também uma pista bem completa, combinando retas, curvas fechadas, abertas, subidas, descidas e de vez em quando aquela chuva que vem da represa.

Emirados Árabes
Foto: F1/Divulgação

Normalmente fechando o calendário, o circuito de Yas Marina chega com todo o investimento que os petrodólares permitem. A prova está no calendário desde 2009 e tem Sebastian Vettel e Lewis Hamilton como maiores vencedores, três vitórias cada. Hamilton inclusive igualou a marca na etapa do ano passado.
Não é uma pista com muitas emoções, tanto é que muitas pessoas criticam inclusive a permanência dela no calendário, já que muito da permanência e escolha do local foi por motivos financeiros. A pista não tem muitos pontos de ultrapassagem e não exige muito dos pilotos, causando provas bem paradas em geral.


Regulamento

Algumas mudanças ocorreram nos carros, que tiveram a asa dianteira ficando maior e mais larga, enquanto a asa traseira ficou menor, o que dá mais aderência ao carro e, segundo a Fórmula 1, aumentarão as chances de ultrapassagens. E os pneus também foram alargados, buscando essa aderência e uma durabilidade maior. Os carros ficarão mais pesados para compensar as mudanças e você pode conferir toda a explicação técnica AQUI.


Infográfico via Motorsport
As equipes poderão usar no máximo quatro unidades de potência do carro, os populares motores. Tudo isso para que as equipes não gastem tanto já que um motor é caríssimo e isso encarece os custos para as equipes menores. Outro fato que incomodava bastante pilotos e equipes eram os critérios de punição nas ultrapassagens. Agora, os comissários serão mais flexíveis e nem todas as ultrapassagens que antes eram julgadas incorretas serão consideradas assim, principalmente as que os carros saíam do perímetro da pista.

Entre outras definições, já foram escolhidos os pneus para as quatro primeiras etapas, que dependem das características das pistas. Para as próximas etapas, a Pirelli ainda definirá quais pneus serão utilizados. Os tipos de pneus para a temporada são: Ultramacio, Supermacio, Macio, Médio e Duro. Além destes, temos os pneus de chuva, o Intermediário e o de Chuva Extrema.

A largada sob chuva, que anteriormente vinha sendo feita sob Safety Car, agora voltará a ser feita sem ele, com os pilotos largando já com os pneus certos para as condições. A largada com Safety Car atrasava o começo real da prova e tirava a largada com mais emoção, tendo os carros parados.

Os tipos de pneus da temporada - Imagem via Wikipedia


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...