domingo, 27 de agosto de 2017

Hamilton segura pressão de Vettel no final e sai vencedor na Bélgica



Hamilton faz valer a pole position, mantém a ponta e segura a pressão de Vettel após Safety Car, para sair vitorioso mais uma vez. O campeonato fica mais disputado ainda, com os líderes Vettel e Hamilton separados por apenas sete pontos.

Fórmula 1 de volta após três semanas de férias. Voltando em alto estilo, com Spa-Francorchamps no menu. Na qualificação, a Mercedes sempre esteve na frente, seguida por Ferrari e Red Bull. Já na turma do fundão, surpresas no Q1. Ficaram de fora Felipe Massa, Daniil Kvyat, Lance Stroll, Marcus Ericsson e Pascal Wehrlein. As duas Williams de fora.
No Q2, sem muitas surpresas nos eliminados, com Fernando Alonso, Romain Grosjean, Kevin Magnussen, Carlos Sainz Jr e Stoffel Vandoorne. 
E na briga pela pole position, o Q3, Jolyon Palmer logo saiu, escapando da pista com problemas e ficando com o décimo lugar mesmo. Em nono Esteban Ocon, oitavo a outra Force India com Sergio Perez, sétimo Nico Hulkenberg, sexto Daniel Ricciardo, quinto Max Verstappen, quarto Kimi Raikkonen, terceiro Valtteri Bottas, segundo Sebastian Vettel e a pole position, dominante e sem muitas ameaças para Lewis Hamilton. Hamilton que marcou a pole position de número 68, igualando Michael Schumacher como os que mais marcaram a primeira posição do grid. 

Com as punições a Kvyat, Massa, Vandoorne, Ericsson e Wehrlein, o grid na segunda metade ficou, a partir do décimo primeiro lugar com: 11 Alonso, 12 Grosjean, 13 Magnussen, 14 Sainz, 15 Stroll, 16 Massa, 17 Ericsson, 18 Wehrlein, 19 Kvyat, 20 Vandoorne. 

Foto: Getty Images

Na largada, os líderes se mantiveram nas respectivas posições, sem ameaças a liderança de Hamilton. Já na reta seguinte, Vettel tentou ir pra cima de Hamilton e Raikkonen era ameaçado por Verstappen. Grande briga tripla, com Alonso, Hulkenberg e Ocon. Alonso se deu bem, ficou em sétimo, e deixou os dois para trás brigando. Hulkenberg mergulhou bem e na reta conseguiu passar Alonso na volta seguinte. 

Com problemas, Palmer abandonou na volta 5. Alonso, muito lento, foi passado por uma leva de pilotos e caiu para o décimo primeiro lugar. Vettel vinha 1.7 segundos atrás de Hamilton, mas não conseguia encostar mais para passar o inglês. A diferença de Vettel para Bottas já estava na casa dos quatro segundos. Verstappen, com problemas mais uma vez, abandonou desolado pela sexta vez no ano. 

Massa, que estava em oitavo, trocou o pneu supermacio por macio nos boxes. Hamilton, na volta 12, foi para os boxes, colocando pneus macios no lugar dos ultramacios. O inglês voltou em quarto. Bottas parou na volta seguinte e voltou em quinto, também saindo de pneus macios. Grande passagem de Perez, que pegou vácuo de Grosjean e passou Kvyat e o próprio Grosjean para assumir o novo posto. 

Briga entre Raikkonen e Hamilton pela liderança, com Hamilton tomando a ponta do finlandês, que ainda não havia parado. Vettel, que foi aos boxes nessa volta, 15, voltou em terceiro. Raikkonen parou nos pits na volta seguinte e voltando em quarto, atrás de Bottas. E o finlandês foi punido com 10 segundos por não ter andado devagar em uma bandeira amarela. 

Volta 20 e Vettel vinha tirando diferença em relação a Hamilton, com 1.3 entre eles e caindo. Mas, Vettel não conseguiu manter o ritmo e a diferença até aumentou, para 1.6. Top 5 com Hamilton, Vettel, Bottas, Ricciardo e Hulkenberg. E na volta 27, Fernando Alonso desistiu de lutar contra o carro e resolveu abandonar. 

Sem muitas cerimônias, as duas Force India birgaram pela décima posição e quem se deu mal foi Perez, que bateu duas vezes em Ocon, quebrou a asa dianteira e furou o penu traseiro direito na volta 29. Com a batida, Safety Car na pista e os pilotos pularam para os boxes e fizeram as paradas sem maiores problemas. A maioria dos pilotos voltou com pneus ultramacios e dos líderes apenas as Mercedes não, com pneus macios. 

Na volta 33, Safety Car saindo e relargada. Vettel vinha encostado em Hamilton e os dois vinham colados. O alemão colocou de lado, mas não conseguiu passar. Bottas escapou e caiu para o sexto posto. Raikkonen e Ricciardo passaram o finlandês da Mercedes. Hamilton sentou o pé na bota e abriu vantagem para Vettel, que estava mais de um segundo atrás dele. Já eram três voltas seguidas melhores da prova para o inglês.

Vettel vinha novamente tirando a vantagem de Hamilton e tentando buscar menos de um segundo, para poder usar a asa móvel e assim ir pra cima do adversário, restando cinco voltas para o fim de prova. Na volta 42, Vettel fez a melhor volta da prova, porém ainda faltava tempo para tirar e ele ficar a menos de um segundo do piloto da Mercedes. E não teve para Vettel. Vence Lewis Hamilton o GP da Bélgica! Vitória de número 58 do inglês na categoria. 

Em segundo fica Vettel, terceiro Ricciardo, quarto Raikkonen, quinto Bottas, sexto Hulkenberg, sétimo Grosjean, oitavo Massa, nono Ocon e décimo Sainz. No campeonato, Vettel foi para 220 pontos, enquanto Hamilton foi para 213. Portanto, se os dois fecharem com as mesmas posições na próxima etapa, o campeonato ficará empatado. 

Imagem: F1/Divulgação



A Fórmula 1 volta semana que vem, com o GP de Monza.


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Craques Bicentenários #5




Estamos de volta, agora com a quinta parte da lista dos jogadores que marcaram mais de 100 gols por duas equipes. Confira no replay:

Sócrates


Um dos grandes craques dos anos 70 e 80 do futebol brasileiro, Sócrates foi dos principais nomes de duas equipes bem distintas de São Paulo. O jogador começou a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto, onde atuou durante quatro anos, de 1974 até 1978. Por lá, conciliou a carreira de jogador com a faculdade de medicina, a qual conseguiu terminar mesmo jogando. No time do interior paulista, o Doutor anotou nada menos do que 275 gols, sendo o último deles na passagem final do jogador pelo time, em 1989. Os primeiros 274 gols foram feitos em 269 jogos. 
Ao sair do Botafogo, o jogador foi para o Corinthians. No timão, se consagrou e viveu bons anos, que além dos títulos lhe renderam 172 gols em 298 partidas. Fora de campo, Sócrates participou da famosa Democracia Corinthiana, que dava mais participação dos atletas nas decisões do time, também inspirados pelo momento político da época. Sócrates ainda jogou na Fiorentina, Flamengo e Santos. 

Robert Lewandowski

Foto: Getty Images

Ídolo na Alemanha, Lewandowski começou a carreira na terra natal, a Polônia. Começou no Znicz Pruszków e depois foi para o Lech Poznań. Ali, chamou a atenção do Borussia Dortmund, que em 2010 contratou o atacante. O camisa 9 se tornou importante no clube aurinegro e deixou a marca dele por 103 vezes em 188 jogos disputados. Com todo o destaque e a grande campanha do time, que foi para a final da Champions League 2012/13, Lewandowski foi contratado pelo Bayern de Munique. Contratado em 2014, o atacante não demorou para se adaptar e já soma 113 gols em 149 jogos pelos bávaros. 

Zizinho


Se Sócrates foi ídolo de dois times paulistas, Zizinho fez história por dois cariocas. Tomás Soares da Silva, ou Zizinho, começou no Flamengo, onde jogou de 1939 até 1950. O jogador ajudou o time carioca a conquistar pela primeira vez na história o tricampeonato carioca, em 1942, 43 e 44. Foi tão importante para o clube que era considerado o maior ídolo da história do Flamengo até o aparecimento de Zico. Pelo clube da gávea anotou 146 gols em 329 jogos. 
Em 1950, Zizinho foi vendido para o Bangu como a grande estrela. E correspondeu. Marcou 122 gols em 274 jogos, durante os sete anos em que atuou pelo time. Ele é o quinto maior artilheiro do Bangu na história. Em 2001, foi reconhecido pelo Bangu como maior jogador da história do time. 


Marco van Basten

Foto: Bob Thomas/Getty Images

Um dos maiores ídolos da história do futebol holandês, Van Basten tem uma história muito rica por dois clubes, mas com um final triste. No clube que o revelou, o Ajax, estreou de maneira marcante, substituindo Cruyff. O jogador não decepcionou a torcida e foi artilheiro de quatro edições seguidas do campeonato holandês, de 1983/84 até 1986/87. No Ajax, foram 163 gols em 172 jogos. Após a grande passagem no clube holandês, van Basten foi para o Milan, que vinha contratando os grandes nomes do futebol holandês da época, como Frank Rijkaard e Ruud Gullit. Nos rossoneros, Van Basten ajudou a resgatar uma era de títulos, que não vinham há decadas. O clube ganhou a Liga dos Campeões depois de vinte anos e acabou também com um jejum de títulos italianos. No clube italiano, foram 134 gols em 201 jogos. Porém, mesmo em meio a tantas glórias na carreira, o jogador acabou precisando parar antes da hora. Sofrendo com severas e seguidas lesões, o ídolo holandês precisou parar, no nível de que mal conseguia correr em decorrência dos problemas físicos aos 30 anos de idade. 


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Os padrões para os melhores do mundo



Imagem: PSG/Divulgação

Com a transferência de Neymar para o PSG, um dos principais argumentos do craque e justificativas para a ida ao time francês foram a chance de ele ser o protagonista da equipe e, principalmente, buscar ser o melhor do mundo. Fomos revirar a lista de melhores do mundo desde que a eleição existe e tentar achar padrões nesses seletos atletas, para ver o que Neymar precisaria na receita para esse triunfo. 

Localização

A eleição para melhor do mundo da FIFA existe desde 1991, com 15 vencedores diferentes: Lothar Matthaus, Marco Van Basten, Roberto Baggio, Romário, George Weah, Ronaldo, Zidane, Rivaldo, Luis Figo, Ronaldinho Gaúcho, Fabio Cannavaro, Kaká, Cristiano Ronaldo e Messi. 

Considerado isso, vamos aos clubes em que esses atletas estavam quando foram eleitos. Matthaus jogava na Internazionale de Milão, Van Basten no Milan, Baggio na Juventus, Romário no Barcelona, Weah no Milan, Ronaldo em Barcelona, Inter e Real Madrid. Zidane duas vezes na Juventus e uma no Real Madrid, Figo no Real, Ronaldinho duas vezes no Barcelona, Cannavaro no Real Madrid, Kaká no Milan, Cristiano Ronaldo uma vez no Manchester United e três no Real e Messi cinco vezes no Barcelona. 

Dessa lista toda, podemos tirar que nos anos 90 os maiores centros do futebol eram Itália e Espanha, portanto lá jogavam os melhores e assim foi desses dois lugares que saíram os melhores do mundo. A partir de 2001, com Figo ganhando, Real e Barcelona se revezaram no ganho do prêmio de melhor jogador do mundo, exceto 2007 tendo Kaká no Milan e 2008 com o Manchester de Cristiano Ronaldo. Ao todo são 16 títulos de melhor do mundo para a dupla espanhola em um total de 25, ou 64% dos títulos. Dos 25 títulos, temos oito deles para brasileiros.

Números

Foto: Reuters/Charles Platiau

Nos anos 90, principalmente, os números de gols e assistências não eram tão influentes na eleição de melhor do mundo, tanto que George Weah foi eleito em 1995 anotando apenas 15 gols na temporada 94/95. Mesmo assim, Ronaldo e Romário foram os primeiros super goleadores eleitos melhores do mundo. Ronaldo, na curta passagem pelo Barcelona, anotou 47 gols em 49 jogos. E Romário, também quando jogou no Barça, fez 53 gols em 83 jogos. Mas, o paradigma realmente se alterou na era Cristiano Ronaldo e Messi, que tornaram a eleição do melhor, além dos títulos do ano, exigir um desempenho de altíssimo nível, com muitos gols e assistências. Desde 2010 Cristiano marca ao menos 40 gols no ano e desde 2009 Messi tem essa marca. 

Da temporada 2009/2010 até a 2014/15, Messi fez 100 assistências, com média de 16 por ano. Cristiano Ronaldo conseguiu 64 assistências, tendo média de 10 por ano. Portanto, seguindo esses critérios, o jogador para ser melhor do mundo precisaria de no mínimo 40 gols e 10 assistências na temporada. 

Títulos

Foto: AFP/Getty Images

Além dos gols e assistências, os títulos podem ser um grande diferencial para os atletas. Ajudar o time ou seleção em uma conquista importante sempre conta mais pontos na hora de ser escolhido o melhor. Lothar Matthaus ganhou a Copa da UEFA, atual Europa League, pela Inter em 1991, além de ter sido campeão mundial pela Alemanha em 1990. 

Van Basten foi campeão italiano e da Supercopa da Itália em 1992. Baggio ganhou a Copa da Itália e a Copa da UEFA em 1993. Romário, além de ser campeão espanhol, foi campeão da Copa do Mundo em 94. Weah ganhou a Copa da França e a Copa da Liga Francesa pelo PSG, além do título italiano da temporada 95/96. Ronaldo, pelo Barcelona, ganhou a Copa e a Supercopa da Espanha em 1996 e 97. Na Internazionale levou a Copa da UEFA 1997/98.

Zidane ganhou a Copa do Mundo em 1998 e levou o campeonato italiano pela Juventus. Em 2000 levou a Eurocopa pela França e em 2003 vinha de uma temporada anterior que terminou campeão da Liga dos Campeões, depois Mundial de Clubes em 2002 e ainda fechou no meio de 2003 como campeão espanhol. Rivaldo, em 1999, ganhou o Campeonato Espanhol.

Figo ganhou o Campeonato Espanhol de 2000/2001 e começou a campanha para a conquista da Liga dos Campeões em 2002. No período em que foi eleito melhor do mundo, 2004 e 2005, Ronaldinho ganhou o Campeonato Espanhol duas vezes e uma Liga dos Campeões começada, ganha em 2006. Cannavaro começou a conquista do espanholzão que seria concretizada em 2007, mas o grande trunfo para o título de melhor do mundo foi a conquista da Copa de 2006 pela Itália. Kaká, ganhador de 2007, levou a Liga dos Campeões daquele ano e o Mundial, levando o Milan de maneira magistral ao topo.

Cristiano Ronaldo, apenas falando dos principais títulos, levou quatro Ligas dos Campeões e três mundiais, além de uma Eurocopa por Portugal desde 2008. Messi ganhou três mundiais e quatro Ligas dos Campeões também no período. Pensando nessa lógica, o eleito de 2017 será Cristiano Ronaldo, que além dos gols e assistências levou o Real ao título da Liga dos Campeões, título que não tem um concorrente maior no ano, já que não temos Copa do Mundo ou Eurocopa/Copa América para concorrer. 

Esperemos para ver como será o desempenho de Neymar no PSG e se ele conseguirá cumprir essas metas para almejar o tão sonhado prêmio de melhor do mundo.


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