segunda-feira, 6 de março de 2017

Futebol feminino: preconceito escondido em falta de apoio



Por Thanile

Flamengo, útimo campeão nacional feminino - Foto: Ricardo Stuckert - CBF


O Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino irá começar na próxima semana, e, em cima da hora, o canal Sportv anunciou que fará a transmissão, mas confirmou apenas quatro jogos da primeira fase. A competição tem data confirmada, iniciando dia 11 de março. São 16 equipes representantes do Amazonas, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Apesar de ser um campeonato tão diversificado quanto o Brasileiro Masculino, com representantes de quatro das cinco regiões do país, os jogos não chamaram a atenção das emissoras. Através das redes sociais, páginas que apoiam e divulgam o futebol feminino passaram a realizar uma campanha, na tentativa de chamar a atenção dos investidores.

Entre as emissoras que são citadas para a TV aberta há a Rede Bandeirantes, que pretende retomar as transmissões do Brasileirão neste ano; além da TVBrasil, empresa que já faz as coberturas de campeonatos femininos, como o Campeonato Paulista. 

Cenário que não muda

Grandes craques e nomes de destaque, mas pouca visibilidade ainda - Foto: FIFA/Getty Images


Desde que a modalidade começou a se desenvolver, há a discussão entre as diferenças que existem entre o futebol masculino e feminino. Seja pelo espaço televiso, seja pelo investimento e agenda de competições. Apesar do Brasil ter atletas que sempre chamaram a atenção do mundo, o país aparentemente nunca soube valorizar jogadoras como Marta e Formiga. 

Marta é a maior vencedora do prêmio de Melhor do Mundo, com quatro troféus, pela Fifa. Foi vice-campeã na Copa do Mundo (2007), além de duas pratas em Olimpíadas. Formiga se aposentou da seleção aos 38 anos. Estreou em campeonatos com a camisa canarinho aos 17 anos, na Copa do Mundo de 1995. Participou de seis edições de Olimpíadas e de seis mundiais. 

No Brasil, nenhum atleta do futebol masculino possui estatísticas tão positivas quantos elas. Mas ainda assim vimos as duas aproveitando o momento das Olimpíadas no Rio de Janeiro para pedir ajuda e suporte ao esporte. Apesar da evolução, onde mais equipes passam a ter times femininos, ainda há muito a caminhar. A transmissão desses campeonatos seria uma forma de incentivar mais meninas à prática esportiva, além de angariar investimentos para as categorias.

Enquanto isso no mundo...

Lyon, tricampeão da Champions feminina em 2015/16

Enquanto ainda lutamos por espaço na mídia, na Europa, além dos torneios profissionais, há torneios entre equipes de base. O maior campeonato interclubes do continente europeu tem versões Sub-17, Sub-19 e profissional. Nos EUA há uma valorização do futebol feminino muito maior do que o brasileiro, até por conta da evolução que a equipe teve no cenário mundial. Nossa maior jogadora passou por três times americanos, vencendo o campeonato nacional e sendo artilheiras nas três oportunidades.

Precisamos avançar

Que é necessário crescer no apoio e na quebra do preconceito contra o futebol feminino, não há dúvidas. Um dos meios para que isso seja finalmente superado, sem dúvidas, é a internet. 
Dentre os veículos que apoiam e divulgam, e que podem ser uma sugestão para quem quer se informar sobre o cenário futebolístico feminino nacional estão:

-Futebol Feminino
https://www.facebook.com/PaginaFutebolFeminino/?ref=ts&fref=ts

- Planeta Futebol Feminino
https://www.facebook.com/PlanetaFFOficial/?ref=ts&fref=ts

- FutGirls Brasil
https://www.instagram.com/futgirlsbrasil/

Dica da edição - Dibradoras http://dibradoras.com.br/


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